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Chineses desistem do BNI Europa. Banco continua em mãos angolanas

O potencial comprador do BNI Europa decidiu desistir da compra, deixando assim o banco português ao encargo do seu único accionista: o Banco BNI angolano. A decisão foi impulsionada pela pandemia de covid-19, que cria incerteza no sector financeiro.

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O acordo, que já tinha sido traçado há mais de dois anos, estabelecia que o grupo chinês KWG iria comprar 80,1 por cento do BNI Europa. No entanto, devido à presença da covid-19 e ao impacto que esta pandemia poderá ter na economia, os chineses voltaram atrás. O banco português continua assim a ser da responsabilidade do seu único accionista, o Banco BNI angolano.

A decisão foi comunicada esta Quarta-feira através de uma nota assinada pelo dirigente do banco, Pedro Pinto Coelho.

"O Banco BNI Europa informa que, apesar de terem sido cumpridas todas as condições para a concretização da operação de alienação de uma participação de 80,1 por cento do respectivo capital social, o prospectivo adquirente comunicou ao vendedor a sua intenção de não honrar o contrato de aquisição de participação qualificada celebrado em Dezembro de 2017, invocando circunstâncias relacionadas com o actual contexto de incerteza que afecta a economia internacional e, em particular, o sistema financeiro", indica a nota do banco português.

Com a retirada dos chineses, o banco continua nas mãos do seu único accionista, que desde 2016 que está a tentar vender as suas acções no banco português.

De acordo com o jornal Expresso, o banco angolano, de Mário Palhares, tem investido no BNI Europa: em Março foram injectados 4,4 milhões de euros. A 'esperança' seria de que, com a compra do banco, o dinheiro voltasse a ser reposto pelos chineses, no entanto, esse cenário não vai acontecer.

Agora, "o conselho de administração do Banco BNI Europa e o Banco BNI, seu accionista único, irão proceder à revisão do plano de negócios do banco, adequando-o às novas circunstâncias e ao actual momento da economia mundial", indica o banco português, frisando que "pretende continuar a afirmar-se como uma referência na nova geração 'fintech' na banca europeia através da introdução de inovação e do preenchimento de segmentos e oferta direccionadas a clientes com necessidades que não estão a ser atendidos pelos demais operadores financeiros do mercado".

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