A conferência, subordinada ao tema "O Mar no Contexto do Desenvolvimento Global", pretende, segundo os promotores, envolver as comunidades académica e científica a debater "temáticas relacionadas com as ciências do mar", num contexto da utilização do espaço marítimo nacional.
O antigo secretário de Estado do Mar do Governo liderado por Passos Coelho é convidado a abordar o tema "Blocos de Construção do Oceano: Para além dos espaços marítimos", enquanto Rui Rocha, investigador na Universidade de Aveiro, aborda nesta conferência a área da "Aquacultura comunitária".
A fechar a lista de conferencistas, todos portugueses, o contra-almirante Victor Gonçalves de Brito, engenheiro de construção naval, ex-administrador do Arsenal do Alfeite e antigo presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) é convidado a abordar as "Oportunidades e perspectivas de desenvolvimento da economia do mar".
De acordo com o Ministério das Pescas, que promove o evento, através da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, a conferência vai promover "a reflexão e debate sobre o desenvolvimento das actividades do meio marinho como contribuição para a economia", tendo em conta "o paradigma do desenvolvimento sustentável e da planificação" das acções a realizar ao longo da costa angolana.
A sessão de abertura está a cargo da ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto.
O nosso país tem uma linha de costa de 1650 quilómetros e uma Zona Económica Exclusiva de 330.000 quilómetros quadrados, mas a economia do mar representa apenas cerca de 3 por cento do Produto Interno Bruto.
"Há uma enorme variedade de recursos marinhos que podem ser adequadamente e devidamente aproveitados, se tivermos capacitação, formação e uma investigação científica aplicada ao desenvolvimento da economia azul", destacou anteriormente a ministra Victória de Barros Neto.
A primeira instituição de ensino superior em Angola dedicada exclusivamente às pescas e ciências do mar, inaugurada em Julho de 2017 em Moçâmedes, junto ao deserto do Namibe, prevê acolher 5400 alunos em cinco anos.