Trata-se da terceira subida semanal desta cotação, informal, desde Março, conforme rondas habituais realizadas pela agência Lusa no mercado de rua da capital.
Na segunda quinzena de Março, cada dólar chegou a ser vendido pelas kinguilas de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, a 340 kwanzas, mínimos do ano, ainda assim mais do dobro da taxa de câmbio oficial definida pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e que está inalterada há um ano.
Na ronda realizada há uma semana pela Lusa, foi possível encontrar em Luanda quem vendesse cada dólar entre os 355 kwanzas e os 365 kwanzas, praticamente idêntico à semana anterior, cotação que esta Sexta-feira subiu para os 370 kwanzas.
Estes valores contrastam com o pico de 500 kwanzas por cada dólar dos primeiros dias de Janeiro, no mercado de rua, mas, apesar das descidas desde então, mantêm-se as limitações no acesso a divisas nos bancos, inclusive nas contas em moeda estrangeira. A situação torna a venda paralela, para muitos nacionais e estrangeiros, a única forma de aceder a dólares ou euros em Angola.
As quebras consecutivas na cotação do mercado informal são justificadas no mercado informal com a falta de kwanzas suficientes para realizar as trocas, valorizando dessa forma a moeda nacional.