"Angola é um investimento fantástico. O BPI investiu 3,3 milhões de euros em Angola e recebeu mil milhões de euros em retorno. E ainda tem 450 milhões de euros no balanço que podem ser vendidos", afirmou o gestor espanhol que vai substituir Fernando Ulrich na liderança executiva do BPI.
"O BCE [Banco Central Europeu] teve preocupações com este investimento e o BPI viu-se obrigado a reduzir a participação para baixo de 50 por cento. Isso foi feito depois de negociações complicadíssimas. Agora, o BCE recomenda ao BPI que se continue com o desinvestimento, mas é uma recomendação e não é obrigatória", assinalou.
E realçou: "É uma recomendação de longo prazo. Não está tudo nas nossas mãos. É um processo que temos que fazer com calma e tranquilidade. Não esperem uma solução fácil e rápida, porque se houvesse tinha sido feito em 2016".
Pablo Forero, que falava na conferência de imprensa dedicada aos resultados trimestrais do BPI, na capital portuguesa, Lisboa, admitiu a necessidade de "negociar com o BFA [Banco de Fomento Angola]" a redução da posição do banco português na entidade.
"Mas não contemplamos uma saída total", assegurou, apontando para que seja alcançado "um número razoável e fácil de entender" e reforçando que este "vai ser um processo de longo prazo".