De acordo com um despacho presidencial de 22 de Abril, a que a Lusa teve acesso, a compra de meios técnicos para a "extensão nacional da assistência pré-hospitalar do INEMA e outros meios do Serviço Nacional de Saúde", lê-se, é feita à Societé Française de Equipaments Hospitaliers, num contrato autorizado desde 2013.
O investimento, que não concretiza o tipo de material a adquirir ao grupo francês, ascende a 68,2 milhões de dólares e será garantido com recurso a uma facilidade de crédito do banco Societé Generale.
O nosso país, e sobretudo a capital, vive actualmente epidemias de febre-amarela e malária que já mataram milhares de pessoas. Estima-se que só a malária - principal causa de morte nacional- terá infectado em Luanda cerca de meio milhão de pessoas, esgotando a capacidade de resposta dos hospitais.
Apesar da conhecida falta de meios, ainda esta semana foi noticiada a abertura de um inquérito do Ministério da Saúde às denúncias, publicadas na imprensa, de 114 ambulâncias novas que se degradam há vários meses num parque de estacionamento em Luanda, sem serem distribuídas ao INEMA e a hospitais de todo o país.