Em causa está o Plano Nacional de Geologia (Planageo), lançado em Maio de 2014 e que visa a recolha de informação por via aérea e confirmada com análises em terra, sobre o potencial geológico angolano, permitindo atrair investimento internacional para o sector.
"Os dados processados e interpretados revelam resultados que podem constituir novidades científicas e informação importante do ponto de vista económico", anunciou o ministro Francisco Queiroz.
Na abertura do conselho consultivo alargado do Ministério da Geologia e Minas, quarta-feira, em Luanda, o governante disse que com este levantamento, ainda que de forma provisória, "salta à vista a identificação de 763 alvos", dos quais 138 foram classificados como "prioritários" para prospecção.
No final de 2015, o Planageo estava com 16 dos 22 blocos em que o país foi dividido já concluídos, representando então um cumprimento de 77 por cento da fase dos levantamentos geofísicos por via aérea.
O projecto, avaliado em 405 milhões de dólares está a ser levado a cabo por três consórcios internacionais contratados, um dos quais integrando o Laboratório Nacional de Energia e Geologia português.
Estima-se que o nosso país, com um território de 1,2 milhões de quilómetros quadrados, terá potencial para produzir 38 dos 50 minérios mais procurados no mundo, nomeadamente ouro e ferro.
Com conclusão prevista para 2017, o Planageo envolve igualmente a construção de dois laboratórios regionais, no Lubango, província da Huíla, no sul do país, e em Saurimo, província da Lunda Sul, no interior norte, para tratamento e análise de amostras no âmbito deste levantamento do potencial mineiro angolano. Prevê ainda um Laboratório Geoquímico Central em Luanda.