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Portugal tem de aproveitar o potencial da diáspora no investimento, afirma ministro

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defendeu que o país tem de aproveitar "o potencial" da ligação com as comunidades portuguesas na promoção de investimento e do empreendedorismo.

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"Precisamos todos de aproveitar o potencial da nossa ligação com as nossas comunidades também no plano do investimento e no plano da promoção de iniciativas socialmente úteis e da promoção do empreendedorismo", afirmou Augusto Santos Silva, que discursava no encerramento do II Encontro Nacional dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante, no Convento São Francisco, em Coimbra.

Segundo o ministro, os emigrantes têm surgido "com novos papéis", nomeadamente "como turistas no seu país de origem" e como investidores. Para o membro do Governo português, estes dois papéis que têm de ser potenciados, acrescentando-se "áreas de natureza económica" ao trabalho do Estado com a sua diáspora, como "o turismo, micro e pequenas empresas, captação de investimento e participação na internacionalização da economia".

Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE) de "nova geração" querem precisamente alargar os serviços prestados "também às áreas económicas", incorporando em cada um dos gabinetes os propósitos do Gabinete de Apoio ao Investidor na Diáspora, criado em 2013, mas que se encontrava inactivo, frisou.

Aquando da sua criação a ideia era a de "concentrar na Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades um novo serviço de apoio aos emigrantes que queiram investir". No entanto, o actual Governo vai incorporar esta missão em cada um dos GAE existentes.

Actualmente, existem 102 municípios com Gabinetes de Apoio ao Emigrante, sendo que o Governo quer alargar a todo o território nacional esse mesmo serviço, disse à agência Lusa Augusto Santos Silva, mostrando-se "confiante" de que "ao longo da próxima década o território continental possa ser coberto".

No final da sessão de encerramento do encontro, questionado pela agência Lusa sobre a possibilidade das relações entre Portugal e Angola serem afectadas com o caso BPI, Augusto Santos Silva voltou a afirmar que o Governo está a trabalhar no reforço das relações diplomáticas e económicas com aquele país.

Sobre a retoma das negociações entre os principais accionistas do BPI (Caixabank e Sontoro) avançada pelo ministro da Economia, Augusto Santos Silva afirmou que o seu ministério "não tem de se preocupar ou interessar por relações empresariais privadas".

O ministro olha "da mesma maneira" como tem olhado para o caso, frisando que o seu foco são as relações político-diplomáticas e económicas entre Estados e, "desse ponto de vista", Portugal está "a trabalhar normalmente com Angola" e continuará a trabalhar.

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