A minitemporada, que apresentará o espectáculo "Mpemba Nyi Mukundu", acontece nos dias 7 e 8 de Abril, Quinta-feira às 19h00 e Sexta-feira às 20h00, com entrada gratuita.
“Mpemba Nyi Mukundu” é um espectáculo inspirado num conto da oratura cokwe cuja mensagem se transporta para a actualidade através da utilização das novas tecnologias. A obra integra um conjunto de elementos desta cultura do nordeste angolano, onde as máscaras, os sona (desenhos na areia), as pinturas nas paredes, a música e as danças se actualizam pelo recurso a outros discursos corporais ou se prolongam através das linguagens do graffiti e do vídeo.
A peça representa a tradição e a actualidade de uma mensagem intemporal, a partir de dois contrários nas culturas bantu: o branco (mpemba) e o vermelho (mukundu), duas argilas com aplicações e significados rituais e mágicos muito específicos. As linguagens do grafite e do vídeo são utilizadas no espectáculo, que foi apresentada pela primeira vez no Memorial Agostinho Neto, em Luanda.
Sobre a Companhia de Dança Contemporânea de Angola
Com um retrospecto de apresentações em cidades como Lisboa, Madrid, Milão, Cracóvia, Nova Deli, Telavive, Xangai e Havana, entre outras, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola completa 25 anos de uma bem-sucedida trajectória.
É o primeiro grupo de dança profissional do género em Angola e um dos primeiros no continente africano, tendo sido criada pela coreógrafa Ana Clara Guerra Marques, que faz parte do Conselho Internacional da Dança da Unesco.
Através da pesquisa de diferentes linguagens, espaços e conceitos, a CDC utiliza a dança como meio de intervenção e crítica social. Com um repertório mais de 20 obras originais, desde 2009 que trabalha como uma companhia de dança inclusiva, integrando bailarinos portadores de deficiência física. Além dos espectáculos, a CDC promove seminários e oficinas, além de oferecer aulas regulares dirigidas aos diversos tipos de público (profissionais ou amadores, adultos ou crianças).
