Em causa está o projecto do grupo angolano Zahara - que detém as marcas Kero e Xyami, das principais referências na área do retalho no país-, aprovado em Março pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP).
Consiste na construção, expansão e remodelação de uma rede de 41 lojas para retalho especializado de vestuário, calçado e acessórios, bem como a representação comercial de marcas, projecto que prevê a criação de 644 postos de trabalho directos e 1620 indirectos, através de um investimento global de 45,2 milhões de dólares.
O acordo com a UTIP, segundo o documento a que a Lusa teve acesso, prevê, ao abrigo da legislação em vigor, incentivos fiscais como a redução entre 45 a 52,5 por cento do pagamento de impostos Industrial, de Aplicação de Capitais e de aquisição de terrenos imóveis, por um período de seis ou oito anos, dependendo da zona do país que recebe o investimento.
Estes incentivos são justificados, nomeadamente, com o valor acrescentado bruto do projecto, de mais de 184,1 milhões de dólares até 2020.
Segundo o acordo de investimento, os empreendimentos serão executados entre a província de Luanda e os municípios de Benguela, Lubango e Huambo, num prazo de 48 meses.