Em comunicado enviado à agência Lusa, a Sonangol Distribuidora, empresa do grupo estatal responsável por esta área, reconhece que a situação "tem provocado restrições na reposição de 'stocks' de combustíveis" nos terminais de descarga, "o que tem afectado o normal abastecimento de derivados de petróleo a vários postos de abastecimento".
O nosso país é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com quase 1,8 milhões de barris de crude por dia, mas devido à reduzida capacidade de refinação necessita de importar uma grande parte dos combustíveis que consome.
No mesmo comunicado, a Sonangol Distribuidora afirma tratar-se de "uma anomalia circunstancial" e garante que "tudo está a fazer para o retorno, o mais breve possível, à normalidade". Luanda tem vindo a ser assolada por fortes chuvas e agitação marítima nas últimas semanas.
Angola ultrapassou em 2015 a marca dos 900 postos de abastecimento de combustíveis no país, mas a oferta ainda é escassa nas províncias do sul. A informação consta de um relatório dos Ministérios dos Petróleos de Julho, que a Lusa noticiou em Agosto passado, confirmando que o negócio é largamente liderado pela estatal Sonangol Distribuidora, com 494 postos - contentorizados e construídos de raiz -, operacionais em todo o país.