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Chuvas intensas sobre Luanda causam 12 mortos e quatro desaparecidos

Pelo menos 12 mortos e quatro pessoas desaparecidas é o balanço provisório das vítimas de desabamentos de casas e aluimento de terras após chuvas intensas sobre Luanda. No município de Cacuaco, a norte de Luanda, nove pessoas morreram e quatro estão desaparecidas.

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Segundo o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros de Luanda, uma mulher e uma criança caíram num poço de água no bairro dos Pescadores quando caminhavam debaixo de chuva, enquanto sete outras pessoas foram arrastadas pela correnteza das águas.

Outras duas das mortes foram registadas no bairro Cambamba, município de Belas, em que foram vítimas duas crianças, de seis e oito anos, devido à queda do muro de uma residência por conta da força das águas.

Segundo uma testemunha, que falava em declarações à rádio pública angolana, algumas pessoas tentaram salvar as crianças, mas a força das águas impediu o socorro.

"Aquilo era um safa-se quem puder, os mais velhos safaram-se, deixaram as crianças, uma de oito anos, que é uma menina, e um rapaz, de seis anos, que acabaram por ficar aí", explicou Raul Amanse.

Uma terceira morte ocorreu na zona do Kinaxixi, distrito da Ingombota, e vitimou um homem de 43 anos, que morreu por eletrocussão.

De acordo com a irmã da vítima, o homem que morreu ia numa motorizada, caiu devido às chuvas num buraco onde de encontrava também caído há cerca de uma semana um poste de electricidade.

"Um posto que está caído aí há uma semana, como estava cheio de água, ele a passar aí de mota com um amigo, embateram no posto, ele cai no posto e ficou mesmo aí", descreveu Adelaide Valadares.

Na zona da Boavista e estrada da Samba, a chuva causou também o deslizamento de terras, e no município de Belas, no bairro Honga, cerca de dez residências desabaram, estando outras ainda a correr o mesmo risco.

O porta-voz dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros de Luanda, Faustino Minguêns, disse que mais de cinco mil casas ficaram inundadas, várias ruas estão intransitáveis, sendo o Kilamba Kiaxi, Cacuaco e Viana as zonas mais críticas, como resultado de seis horas de fortes chuvas que caíram sobre a capital angolana.

As chuvas causaram ainda a queda de árvores, de painéis publicitários, postos de iluminação e o soterramento de várias viaturas, tendo de igual modo afectado a circulação dos comboios do Caminho-de-Ferro de Luanda devido às enormes quantidades de lixo arrastada pelas chuvas para a linha férrea.

"Temos quase toda Luanda nessa situação e as pessoas vão ligando, pendido ajuda. Acreditamos que dentro de algumas horas vamos ter uma situação calma em função das respostas que começarão a ser dadas a nível das comissões municipais", disse Faustino Minguêns.

O resgate de crianças e adultos confinados em algumas residências devido às enormes quantidades de água é a prioridade na acção dos bombeiros, seguindo-se a sucção das águas, referiu o porta-voz dos bombeiros.

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