A informação consta do despacho da ministra do Ambiente, Maria de Fátima Jardim, de 15 de Março, com o qual é criada uma comissão para tratar da organização das comemorações de 5 de Junho de 2016, após o compromisso assumido pelo Governo angolano durante a Cimeira do Clima, em Paris, em Dezembro passado.
A comissão será coordenada pela própria ministra e contará com o apoio do secretariado do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP, na sigla em inglês), tendo ainda como missão elaborar a estratégia e programa das comemorações, em Luanda e no Cuando Cubango.
Deverá também "gizar uma ampla campanha de divulgação do evento, a nível nacional e internacional", bem como a "sensibilização" da sociedade angolana e o "encorajamento" dos agentes locais de turismo, hotelaria e restauração para a elaboração de "pacotes especiais de ecoturismo" para as delegações internacionais que vão marcar presença no país.
Em 2016, o dia do Ambiente, que se assinala todos os anos a 05 de junho, vai ter como tema a luta contra a venda ilegal de animais selvagens, precisamente uma das maiores preocupações das autoridades angolanas na província do Cuando Cubango, onde se regista a caça furtiva de elefantes para a venda de marfim.
"Ao acolher este dia de celebração queremos dizer claramente que essas práticas (tráfico) vão ser rapidamente erradicadas", afirmou a ministra angolana na Cimeira do Clima, em Dezembro.
A revisão do Código Penal de Angola já veio endurecer, entretanto, a legislação, travando a venda ilegal, sobretudo de peças em marfim, no sentido de proteger a vida selvagem.