Os resultados foram avançados pelo assessor do Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM), Francisco Teles, que falava no âmbito do Dia Mundial de Combate à Malária, assinalado no passado sábado.
Tratam-se das províncias do Huambo, no planalto central de Angola, e do Namibe, litoral Sul, que têm registado nos últimos anos números "muito reduzidos", de casos e de mortes por malária. Segundo o responsável, alem dessas duas regiões, no quadro geral têm sido registados resultados positivos desde há três anos.
Francisco Teles referiu que até 2009 as estatísticas tinham o registo de mais de 3,5 milhões de casos e de mais de dez mil óbitos por malária. Actualmente os números situam-se abaixo dos 3,5 milhões de casos e para os óbitos menos de oito mil em todo o país.
Disse ainda que os desafios continuam a ser a capacitação e formação dos técnicos de saúde, bem como a disponibilização de medicamentos em todas as unidades sanitárias, para que não haja rupturas. "Continuamos a assistir que por parte dos técnicos ainda tem estado a haver uma certa resistência, fundamentalmente quando os resultados de diagnóstico da doença apresentam resultados negativos e que em alguns casos, mesmo com resultado negativo (...) por vezes os técnicos prescrevem a medicação", exemplificou.
A malária é uma doença endémica em Angola e a primeira causa de morte.