A MulhereSTrop - Rede Lusófona de Mulheres nas Ciências da Saúde Tropical é lançada no I Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores, que decorre hoje e amanhã, em Lisboa, Portugal.
Acções de formação, designadamente em comunicação científica, divulgação de informação sobre candidaturas e programas de financiamento, troca de experiências, escrita e publicação de artigos científicos são algumas das actividades de apoio a desenvolver pela rede.
A ideia surgiu por iniciativa de investigadoras do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Lisboa, em parceria com colaboradoras de Angola e Cabo Verde. A coordenadora do projecto, Isabel Maurício, do IHMT, disse à Lusa que há 60 interessadas em aderir à rede, incluindo de Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde.
Segundo a investigadora, há mulheres em África que "se interessam pela investigação", mas que estão limitadas no seu exercício, porque acabam "muitas vezes" por ter o peso do trabalho, da família. Um inquérito vai permitir aferir as necessidades das mulheres cientistas, adiantou.
A MulhereSTrop foi um dos cinco projectos premiados, em 2013, pela Fundação Elsevier, que apoia iniciativas que promovem a conciliação da carreira científica das mulheres com as suas responsabilidades familiares.
À Rede Lusófona de Mulheres nas Ciências da Saúde Tropical foi atribuída uma bolsa de 50 mil euros, por dois anos.