António Pires de Lima falava aos jornalistas à margem da conferência "InvestinPortugal: Right Choice, Right Time", organizada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que decorreu em Lisboa.
As compras de Portugal a Angola caíram 79 por cento nos dois primeiros meses deste ano face ao período homólogo de 2014, enquanto as exportações caíram 30 por cento, melhorando o saldo favorável a Portugal em 635 por cento, para 245 milhões de euros. "As exportações caíram com alguma substância, cerca de 30 por cento, espero que esta linha de crédito que o Governo antecipou de 500 milhões de euros possa ajudar muitas empresas portuguesas com exposição a Angola a gerir o seu fundo de maneio, a sua tesouraria", que permita "poder transformar os kwanzas em Angola em euros em Portugal", afirmou o governante.
"Estamos a acompanhar a situação de perto", afirmou Pires de Lima, sublinhando que apesar da queda das exportações para Angola, Portugal teve um crescimento das vendas ao exterior, o que significa que é "possível crescer apesar da situação em Angola não ser tão favorável para as empresas exportadoras". Pires de Lima apontou que o arranque oficial do Observatório para o Investimento e o Fórum Empresarial que se realizará na terceira semana de Junho em Luanda "são manifestações do empenho que o Governo português e o Governo de Angola na intensificação" das relações bilaterais.