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Tecnologia inovadora e de alto rendimento posta em prática pela Biocom em Angola

A Biocom continua a inovar no sector agrícola em Angola, mais concretamente no plantio de uma das culturas mais tradicionais do Brasil: a cana-de-açúcar. A nova técnica será uma forma de melhorar a produtividade e aumentar o rendimento.

Rafael Neddermeyer - Biocom:

O Sistema de Mudas Pré-brotadas (MPB) tem como principal objectivo acelerar o desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar. Assim, o Centro de Pesquisas de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, no Brasil, criou uma técnica que promete aumentar a velocidade com que o produtor obtém novas plantas de cana. A diferença é encontrada no plantio. O MPB substitui o método actualmente usado, que utiliza pedaços do forro da cana enterrados directamente no sulco, para mudas já formadas. A técnica tem como objectivo produzir cana a partir de mudas de alta qualidade, livres de doenças e pragas, o que garante uma taxa de multiplicação muito maior que através do plantio tradicional.

De acordo com José Carlos Caldeira Júnior, responsável pelo planeamento agrícola da Biocom, para aclimatar novas variedades é necessário multiplicá-las com rapidez e testá-las dentro do ambiente de solo e clima do projecto. “O sistema MPB é inovador para o país e permite grande redução no consumo de mudas, além de facilitar o controlo da sanidade e vigor”, explica, em comunicado disponibilizado na página da Odebrecht.

Para se ter uma ideia da redução do uso de mudas, o documento denota que o consumo caiu de 20 toneladas, no plantio convencional, para duas toneladas, no sistema MPB. Hoje são plantadas diariamente mais de 10 mil mudas e a partir de Maio serão cerca de 18 mil. Caldeira Júnior acrescenta que realizar a produção das mudas no próprio local do projecto facilita o planeamento.

Por meio do programa de Gestão à Vista, a equipa que trabalha no viveiro consegue contabilizar tudo o que foi executado: “Sabemos quanto foi plantado e dividimos o rendimento de cada variedade. Assim, temos uma curva de crescimento que indica a competitividade de cada variedade”, completa o responsável.

Hoje, 98 por cento do censo varietal da Biocom concentra-se em apenas cinco variedades comerciais, “mas já temos em multiplicação 27 variedades novas sendo testadas em campos de competição para multiplicação em áreas comerciais. Essa multiplicação dependerá, contudo, da aclimatação das mesmas”, acrescenta José Carlos.

Em Angola a Biocom já produz açúcar, etanal e energia eléctrica a partir da biomassa da cana.

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