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Ambiente

União Europeia destina mais de 90 milhões de dólares para agricultura sustentável

A União Europeia (UE) vai destinar cerca de 91 milhões de dólares para a agricultura sustentável angolana, nos próximos cinco anos, para ajudar a combater a subnutrição em Angola, a quinta causa de morte infantil no país.

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A informação foi hoje avançada em Luanda, à agência Lusa, pelo chefe de Cooperação da Delegação da UE em Angola, Fernando Trabada Crende, à margem das Primeiras Jornadas Nacionais de Nutrição, promovida pelo Governo angolano.

O responsável, que apresentou o tema "Cooperação em Segurança Alimentar e Nutricional entre o Governo de Angola e a União Europeia", disse que a subnutrição em Angola é muito preocupante, sublinhando que há o reconhecimento das autoridades angolanas do seu forte impacto no desenvolvimento humano e do país.

Segundo Fernando Trabada Crende, a UE fez compromissos a nível global para o combate à subnutrição e no caso de Angola a parceria vai até 2020, nas questões de cooperação e desenvolvimento, sendo a nutrição uma das prioridades. "Vamos ter como sector fulcral a agricultura sustentável. Vamos dedicar 84 milhões de euros em intervenções importantes na água e saneamento, que têm uma repercussão importante na nutrição", disse o responsável da delegação europeia. Fernando Trabada Crende explicou que as províncias do sul e do planalto central de Angola vão merecer a atenção do projecto, no âmbito de estudos que demonstram que o problema da subnutrição é muito elevado nas comunidades rurais.

É igualmente objectivo da UE dedicar recursos para definir o estado nutricional das populações, nas zonas de intervenção, antes das acções de combate à subnutrição para uma melhor percepção do problema. "Estamos no processo de aprovação, até agora a UE e o Governo de Angola concordaram nas áreas prioritárias, nas estratégias, mas precisa da aprovação formal por parte de ambos. Esperamos que esta aprovação seja já este semestre e assim os fundos estariam disponíveis a partir do segundo semestre deste ano", frisou.

O Programa Indicativo Nacional (PIN), que define a estratégia e as prioridades da cooperação entre o Governo angolano e a ajuda da UE, situa a segurança alimentar e nutricional como um dos domínios prioritários da parceria. O PIN para Angola é financiado com fundos da UE e ao abrigo do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento, sendo a contribuição total comunitária de 210 milhões de euros até 2020.

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