Os resultados obtidos neste primeiro ano de implementação do projecto foram apresentados na passada Sexta-feira, no âmbito da Feira do Empreendedorismo da Costa Norte.
No evento, realizado na Escola de Fuzileiros Navais do Ambriz e onde foi sublinhado o "papel das mulheres empreendedoras do Ambriz, Nzeto e Porto Amboim na vida das comunidades locais", foi dado a conhecer que 7000 mulheres beneficiaram deste projecto, 400 pescadores tiveram formação, se criaram mais de 30 cooperativas, bem como foi possível a integração de mais de 2000 mulheres em cooperativas.
"Na ocasião, foram divulgados os resultados do primeiro ano de actividade deste projecto social, evidenciando o seu impacto positivo nas comunidades do Nzeto e do Ambriz e a transformação que trouxe à vida das populações locais. Até ao momento, 7000 mulheres foram beneficiadas pelo projecto, 400 pescadores receberam formação, mais de 30 cooperativas foram criadas, e 2.400 mulheres foram integradas em cooperativas e grupos de poupança comunitária", lê-se num comunicado da ANPG remetido ao VerAngola.
Os convidados, além de assistirem à apresentação do projecto e dos seus resultados, também visitaram a Feira do Empreendedorismo da Costa Norte, "que contou com 48 expositores das comunas de Nzeto (Comuna Sede e Mussera), Ambriz (Comuna Sede, Bela Vista e Tabi), do Porto Amboim e Amboim, que trouxeram para o local produtos manufacturados como farinha de peixe, produtos hortofrutícolas, café Mwenho da Gabela, pescado, farinha musseque e outros".
Na ocasião, o administrador do Nzeto, Katuzeico Pinda, agradeceu, em nome do governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, a implementação do projecto.
"Aqui no Nzeto sentimos a diferença positiva criada pela visão da ANPG, e pelo trabalho de campo da TotalEnergies e da World Vision. Uma das senhoras que aqui falou hoje demonstrou a resiliência das nossas comunidades e a capacidade que têm de aproveitar as oportunidades, faça sol ou faça chuva. E, por isso, o que nós podemos desejar é que projectos como o Nkola se tripliquem na nossa comunidade e nos ajudem a sermos mais e melhores, porque é aqui que muita da vida real acontece e é aqui que precisamos destes apoios diferenciadores", disse.
Já António Mateus, administrador do Ambriz, salientou o facto do projecto ser "um projecto de integração da Costa Norte, que abrange populações de duas províncias angolanas (Bengo e Zaire) e que está a melhorar as condições sócio-económicas dos agregados familiares de forma abrangente e, ao mesmo tempo, a definir e a melhorar a participação comunitária; a fortalecer as capacidades organizativas, técnicas e empresariais através da implementação de iniciativas de geração de renda bem sucedidas, inclusivas e sustentáveis; e a melhorar os conhecimentos comunitários em matéria de saúde, nutrição e meio ambiente".
"O projecto Nkola, com duração estimada de dois anos e ênfase acentuada na coesão social, vai beneficiar 7000 habitantes e é um exemplo concreto do compromisso e do empenho que a Concessionária Nacional e o Bloco 17 assumem no âmbito das suas políticas de responsabilidade social. Recordo que já foram revitalizadas 28 cooperativas de pesca, realizadas 155 acções de capacitação em planos de negócio agrícola, formados 170 agricultores, criados 25 negócios urbanos e 36 grupos de poupança comunitária", apontou Paulo Fernandes, gerente do Bloco 17 e que na ocasião representou a ANPG.
"Esta actividade insere-se no projecto social Nkola, que tem como objectivo transformar a vida económica e social das comunidades da Costa Norte e que, no seu primeiro ano de actividade, apresenta já resultados concretos e impactantes. Como parceiro de longa data, a TotalEnergies continua a demonstrar o seu contributo para o desenvolvimento económico e social do país e a reforçar o seu profundo compromisso com um futuro cada vez mais sustentável", referiu Rui Rodrigues, membro do Comité de Direcção da TotalEnergies Angola.
Segundo o comunicado, a implementação deste projecto "está a cargo da organização não governamental World Vision Internacional".
"Este projecto, que beneficia 7000 pessoas nos dois municípios (incluindo cooperativas e associações de pescadores), tem como objectivo promover o associativismo comunitário, fortalecer as capacidades organizativas, técnicas e empresariais através de iniciativas de geração de rendimento bem-sucedidas, inclusivas e sustentáveis, e melhorar os conhecimentos comunitários em matéria de saúde, nutrição e ambiente", lê-se ainda na nota.
Estiveram presentes no evento autoridades do Bengo e do Zaire, "representantes da Concessionária Nacional, da TotalEnergies Angola, operadora que lidera o projecto, dos restantes parceiros do Bloco 17, e de membros da comunidade".