Assim, no ano passado, foram exportados cerca de 10,2 milhões de quilates, avaliados em quase 1,5 mil milhões de dólares, uma redução de perto de três por cento em comparação ao ano de 2023, segundo dados da Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam).
Em 2024, Angola "recuperou" pouco mais de 14 milhões de quilates, ou seja, aproximadamente 96 por cento da meta prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (2023-2027), para o referido ano, estimada em 14,6 milhões de quilates, disse esta Sexta-feira o secretário de Estado dos Recursos Minerais, Jânio Correia Vítor.
A volatilidade dos mercados internacionais, "associada à desaceleração da economia mundial", contribuiu para a redução dos preços devido à fraca procura pelos diamantes naturais e aumento da produção de diamantes sintéticos, resultando no aumento de stocks de diamantes nos mercados, justificou Jânio Correia Vítor.
O governante falava esta Sexta-feira, em Luanda, durante uma cerimónia de apresentação das realizações no subsector dos diamantes em Angola em 2024 e as projecções para 2025.
Segundo a Sodiam, como consequência da redução do preço médio do diamante, a receita bruta registou um decréscimo em termos absolutos de 45,2 milhões de dólares quando comparada ao ano de 2023.
A empresa pública refere que o país arrecadou 1,48 mil milhões de dólares com as exportações de diamantes, em 2024, uma queda de 2,95 por cento em comparação aos 1,53 mil milhões de dólares arrecadados em 2023.
E a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) deu conta, na ocasião, que para o primeiro semestre de 2025 estão previstas a produção de 7,4 milhões de quilates de diamantes, 6,4 milhões de quilates a recuperar dos depósitos primários e 907 mil quilates a recuperar em depósitos secundários.
A Endiama fez investimentos de 217 milhões de dólares em 2024, tendo registado 43 por cento de decréscimo nos investimentos realizados em relação ao seu plano e a execução de 57 por cento dos investimentos, conforme dados apresentados na cerimónia.
Emirados Árabes Unidos (78 por cento), Bélgica (19,8 por cento) e Hong Kong (1,8 por cento) foram os principais destinos dos diamantes angolanos em 2024.
