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Estudantes detidos em protesto na Universidade Metodista julgados esta Quinta-feira

Estudantes da Universidade Metodista de Angola (UMA) detidos na Quarta-feira durante uma manifestação contra o impedimento de participar na cerimónia de outorga de diplomas, por alegada fraude, vão ser julgados esta Quinta-feira.

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A informação foi avançada à Lusa pelo presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira, segundo o qual foram detidos nos protestos de Quarta-feira três estudantes, incluindo uma grávida, que devem ser julgados esta Quinta-feira.

Segundo Francisco Teixeira, o grupo de 57 estudantes finalistas realizou uma vigília na noite de Terça-feira defronte das instalações da UMA, no centro da capital, e manifestou-se na Quarta-feira contra os impedimentos de participar na cerimónia de outorga dos diplomas.

A direcção da UMA, em comunicado divulgado na Quarta-feira, disse ter detectado graves irregularidades envolvendo um número considerável de estudantes finalistas, nomeadamente fraudes no pagamento de mensalidades e alteração indevida de notas, tendo decidido suspender os estudantes envolvidos, enquanto decorre o processo disciplinar.

Os finalistas, que refutam as acusações e exigem provas por parte da UMA, decidiram avançar com protestos, mas foram travados pela polícia nacional, que foi chamada à instituição do ensino superior privado e acabou por deter três estudantes.

Nas redes sociais circulam fotografias e vídeos mostrando a intervenção dos agentes da polícia a deter uma estudante caída no chão entre gritos e protestos contra as agressões.

“Achamos que a polícia precisa de olhar para os estudantes com respeito, achamos que aquela agressão toda foi desnecessária, poderia ter sido evitada com o diálogo, esperamos a sua libertação porque não cometeram crimes”, disse à Lusa o presidente do MEA, pedindo a libertação dos três estudantes detidos.

De acordo com Francisco Teixeira, os estudantes finalistas, mesmo após terem defendido a monografia e participado dos ensaios, foram impedidos de participarem da referida cerimónia de outorga, “sem quaisquer provas” das acusações a eles imputadas.

A UMA “veio anular um processo sem qualquer prova, não conseguiu provar em reunião, pediu mais cinco dias, e então eles [os estudantes] estão certos em protestar, por falta de provas da instituição”, acrescentou.

A suspensão repentina da participação dos estudantes naquela cerimónia, observou, frustrou as suas expectativas e “criou revolta e indignação”.

“Foi uma reação normal, porque se sentiram injustiçados”, justificou o líder estudantil.

No comunicado, a UMA reitera ainda o seu “compromisso inabalável” com a integridade académica e com a promoção de um ambiente de ensino baseado na honestidade, na humildade e no respeito pelas normas institucionais.

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