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Raios mataram 11 pessoas em Benguela esta semana

Descargas atmosféricas provocaram, esta semana, 11 mortos, oito dos quais da mesma família, e três feridos, na província de Benguela, avançou o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros local.

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Segundo o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Jorge David, esta semana morreram já 11 pessoas, devido à queda de raios em dias de chuvas intensas na província, havendo o registo de vítimas nos municípios da Ganda e Chongoroi.

O administrador do Chongoroi, Ernesto Pinto, em declarações à Rádio Nacional, disse que oito pessoas atingidas por raios pertenciam à mesma família, sublinhando que "na mesma casa não sobreviveu ninguém".

Este responsável adiantou que foi criada uma comissão, que se deslocou ao local, frisando que as autoridades estão a sensibilizar as populações, explicando que "não se sabe quando é que essas faíscas atingem esta ou aquela casa" e advertindo-as também para, quando há tempestades, "deixarem de estar debaixo de árvores".

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Wilson Baptista, lembrou que existe um decreto presidencial que obriga a instalação de para-raios nas zonas suscetíveis a estes fenómenos de descarga elétrica atmosférica, mas o mesmo não é cumprido.

Wilson Baptista disse que a única forma para se evitar estes incidentes "seria a instalação de para-raios em vários perímetros desses territórios, que são mais as zonas habitadas".

"Com isso mitigaríamos os efeitos do fenómeno. Outra questão tem a ver com a própria cultura das populações, que tendo conhecimento, através dos alertas que são emitidos pelos órgãos competentes sobre a incidência desses fenómenos, ainda assim não se precaveem, no sentido de manterem em locais seguros, principalmente em momento de ocorrência de chuvas, e têm sido vítimas das descargas elétricas atmosféricas", referiu.

O responsável sublinhou que a maior parte das vítimas acontece nas vias públicas, quando caminham, havendo poucos registos de pessoas dentro das suas residências, que quando ocorre tem a ver sobretudo com a utilização de aparelhos eletrónicos.

Em Luanda, de acordo com Wilson Baptista, a maior parte dos edifícios modernos são já equipados com para-raios, mas no interior do país ainda não se cumpre esta obrigatoriedade.

"Aqui em Luanda também temos descargas eléctricas atmosféricas, mas há muitos para-raios montados", disse, realçando que a zona centro do país é a mais afetada, com alguns casos na zona leste também.

Um decreto presidencial obriga à instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas em todos os edifícios e infraestruturas públicas (aeroportuárias, portuárias, ferroviárias e rodoviárias), bem como em edifícios com mais de 25 metros de altura e estabelecimentos comerciais e industriais com mais de 500 metros quadrados de área construída.

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