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Charcutaria industrial inaugurada na Huíla. Investimento ascende a mais de dois mil milhões

O governador da Huíla, Nuno Mahapi, inaugurou, esta Quarta-feira, uma charcutaria e queijaria, na comuna da Huíla, município do Lubango. A fábrica – uma iniciativa da empresa Marvone – resulta de um investimento de mais de dois mil milhões de kwanzas, tendo numa primeira fase gerado 13 empregos directos.

: Facebook Fundo de Garantia de Crédito
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Segundo José Carlos, dono da unidade fabril, que se designa 'Fumadinho' e conta com serviços de suinicultura, matadouro e salsicharia, a iniciativa traduz-se na criação de porcos para serem abatidos e na sua respectiva transformação, cuja fábrica é capaz de abater 150 animais por dia.

José Carlos disse ainda, citado pela Angop, que a previsão inicial era que no empreendimento se fosse capaz de abater uma centena de animais por dia, contudo, a fábrica tem capacidade diária para transformar entre 50 a 70 porcos em presuntos, chouriços, entre outros derivados deste animal.

Ainda sobre as valências da fábrica, o responsável adiantou que tem três fumeiros tradicionais, cada um capaz de albergar três toneladas, bem como um fumeiro eléctrico, reservado a outro tipo de produtos. No entanto, adiantou, encontram-se a usar somente o fumeiro tradicional.

Relativamente ao investimento, o proprietário adiantou que a iniciativa, cuja construção arrancou em 2021, teve financiamento do Banco Caixa Geral de Angola, no valor de mais de 2,4 mil milhões de kwanzas, com garantida do Fundo de Garantia de Crédito, acrescendo capitais próprios, tendo chegado a cerca de três mil milhões de kwanzas.

Em declarações à Angop, José Carlos disse que estarão primeiramente virados para o mercado local e, após estarem mais consolidados, é que pensarão em avançar para os outros mercados do país.

Fez ainda saber que a zona de suinocultura ainda não se encontra em funcionamento, contudo, nunca terá número suficiente para suster a unidade, pelo que terão sempre de socorrer a outras pessoas para adquirir os animais, visando igualmente incentivar os criadores de porcos a comercializarem os animais.

Disse ainda valorizarem "profundamente a parceria e o apoio contínuo das instituições do Estado, no apoio ao empreendedorismo local e ao desenvolvimento das comunidades".

Já o governador provincial apontou o contributo que este projecto trará para a província. "Fazer este investimento é dar a continuidade a diversidade da história desta província, que vai gerar mais consumo nacional, mas postos de trabalho e mais satisfação no nosso sector privado", disse, citado pela Angop.

Por sua vez, o administrador para a Área de Negócios do Fundo de Garantia de Crédito, Eduardo Mohamed, citado num comunicado do Fundo de Garantia de Crédito, a que o VerAngola teve acesso, considerou este projecto "como um sinal positivo por a indústria produzir os derivados do porco, ter produção com controlo da qualidade e pelo facto de a fábrica ser compradora da matéria-prima a partir dos pequenos produtores".

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