Ver Angola

Indústria

Presidente destaca criação de emprego e aumento do PIB real na inauguração da Expo-Indústria

O Presidente da República inaugurou, nesta Quarta-feira, a 5.ª edição da Expo-Indústria, tendo, na ocasião, destacado a criação de emprego, assim como o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) real para a indústria transformadora.

:

"De 2018 a 2022, a taxa de crescimento do PIB real para a indústria transformadora registou um acumulado de 7,7 por cento, com maior destaque para o ano de 2022 que teve um crescimento na ordem de 6 por cento, superando a projecção prevista no OGE para aquele ano", disse João Lourenço.

Na sua intervenção, o chefe de Estado realçou igualmente que, no período em referência, foram aprovados e implementados mais de 200 novos empreendimentos "de grande impacto" no ramo da indústria transformadora, distribuídos pelas diversas províncias do país em vários subsectores de actividade, numa acção que contribuiu para a geração de 10 mil empregos.

"Neste mesmo período, no âmbito do investimento privado foram aprovados e implementados mais de duzentos novos empreendimentos de grande impacto no domínio da indústria transformadora, distribuídos pelas diferentes províncias nos mais variados subsectores de actividade, contribuindo com mais de dez mil postos de trabalho, com maior destaque para o sector da alimentação, uma aposta do Executivo no aumento da produção industrial com vista a garantir a auto-suficiência em bens essenciais de consumo", referiu.

Além disso, disse ser preciso "continuar a estimular e a impulsionar o aumento da produção nacional", visando a diminuição dos preços e das importações, bem como o aumento das exportações: "Precisamos de continuar a estimular e a impulsionar o aumento da produção nacional para reduzir os preços, reduzir as importações, aumentar as exportações e fazer face à competitividade decorrente da adesão do país aos protocolos da Zona Livre da SADC, à Zona de Comércio Livre Continental Africana e à Zona de Comércio Livre Tripartida".

Deixou ainda um apelo ao "esforço organizado, sistemático e persistente para atrair o investimento privado nacional e estrangeiro, para estarmos na rota certa e atingirmos o nível de industrialização estabelecido pela SADC, fixando o nosso olhar sobretudo para a Zona de Comércio Livre Continental".

O Presidente da República considerou igualmente que não se trata de uma tarefa fácil. "Esta tarefa não é fácil, na medida em que a concorrência entre países para atrair investimento directo estrangeiro é bastante forte", acrescentando que "é notório o esforço que o país vem realizando nos últimos anos no aumento e melhoria das infra-estruturas de apoio às indústrias e à economia no seu todo".

No seu discurso, fez ainda referência às melhorias na oferta de energia eléctrica. "Aumentou consideravelmente a oferta de energia eléctrica de fontes de produção hidroeléctrica e fotovoltaica, reduzindo consequentemente a produção a partir de fontes térmicas que são não só poluentes como sabemos, mas que encarecem o preço da energia vendida ao consumidor quer doméstico quer empresarial", afirmou.

Destacou igualmente a aposta na "construção das linhas de transporte da energia produzida na bacia do Baixo Kwanza, em Capanda, no Laúca, em Cambambe e no Ciclo Combinado do Soyo, todas elas já interligadas através da rede nacional de transporte para levar essa capacidade disponível para o leste, sudeste e sul do país", visando terem "as províncias da Lunda Sul, da Lunda Norte, do Moxico, do Cuando Cubango, da Huíla, do Cunene e do Namibe ligadas à rede nacional".

Aproveitou igualmente a ocasião para anunciar que "investimentos importantes estão programados também no sector das águas um pouco por todo o país", acrescentando que "para Luanda, principal centro industrial do país, estamos esperançados que os projectos Bita e Quilonga venham desafogar a situação da cidade, que tem um grande déficit na produção e distribuição do precioso líquido para cerca de dez milhões de habitantes e inúmeras indústrias já instaladas e para as perspectivadas".

No seu discurso, João Lourenço disse ainda que irão continuar "com as reformas estruturais da sociedade angolana em todos os seus aspectos desde as áreas económica, financeira, cambial e social, até à segurança, à justiça, à educação e qualificação das pessoas, passando pela organização do Estado e do território e em todos os aspectos que façam de Angola um país cada vez mais atractivo para o investimento".

"Com o investimento público ou público-privado, vamos continuar a aumentar e melhorar a rede de estradas, vamos continuar a aumentar a oferta de água e de energia eléctrica, vamos electrificar o país, mas como acreditamos que é possível e necessário caminharmos juntos, com o investimento privado vamos industrializar o país", completou.

De referir que o chefe de Estado procedeu, esta Quarta-feira, à inauguração da 5.ª edição da Expo-Indústria. Após o seu discurso de abertura, João Lourenço deslocou-se até à entrada principal do pavilhão para o corte da fita.

"O momento simbólico foi seguido de uma pormenorizada visita à amostra de produtos e serviços que constitui a Expo-Indústria 2023, movimento em que o chefe de Estado esteve sempre acompanhado pela primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço", refere a Presidência, em comunicado, a que o VerAngola teve acesso.

Segundo a nota, o Presidente esteve nas instalações do certame "por mais de duas horas", tendo dialogado com os expositores, feito perguntas acerca dos respectivos processos produtivos e tomado "o pulso ao que efectivamente tem sido o desenvolvimento da indústria no país nos seus mais diferentes domínios".

O certame arrancou esta Quarta-feira na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, onde decorrerá até ao próximo Sábado, 1 de Abril.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.