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Sector financeiro conta com 48 por cento de mulheres

O sector financeiro é composto por 17.117 colaboradores, cujos 8217 são mulheres, correspondendo assim a cerca de 48 por cento, segundo dados apresentados pela administradora executiva do Banco Nacional de Angola (BNA), Maria Juliana de Fontes Pereira, esta Quarta-feira, no Fórum sobre a Liderança Feminina no Sector Financeiro, realizado pelo BNA.

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Na sua intervenção, a administradora executiva do BNA abordou a representatividade do género feminino no sector financeiro, tendo referido que o "sector angolano é composto por 17.117 colaboradores, dos quais 8217 são mulheres, portanto cerca de 48 por cento", disse.

A responsável informou igualmente que a nível dos reguladores, "o sector bancário emprega 16.062 colaboradores, dos quais 7746 são mulheres", correspondendo assim a 46 por cento, ao passo que "o sector do seguro, que emprega 699 colaboradores, sendo 306" mulheres, representando 43 por cento, e o mercado de capitais conta com 356 colaboradores, dos quais 165 são mulheres.

De acordo com os dados avançados, "a nível dos supervisionados", o sector bancário conta com 14.298 colaboradores, cujos 7038 mulheres, "portanto cerca de 49 por cento", enquanto "o sector segurador emprega 627 colaboradores, dos quais 232 são mulheres, portanto 44 por cento" e no mercado de capitais de um "total de 201 colaboradores", 90 são mulheres.

Já nos órgãos decisores no sector bancário, "podemos ver que a nível dos supervisores registamos três mulheres no Banco Nacional de Angola, uma na ARSEG e quatro no Mercado de Capitais", disse, acrescentando que "do lado dos supervisionados, temos 32 por cento no sector bancário, 21 por cento no sector do seguro e 19 por cento no mercado de capitais".

"Passando para a representatividade nos órgãos de gestão, portanto chefias intermédias, nós temos a nível dos supervisores, 365 cargos, dos quais 153 são ocupados por mulheres", cerca de 41 por cento, afirmou a responsável.

A nível dos supervisionados, Maria Juliana de Fontes Pereira disse haverem 2170 cargos, cujos 902 "são ocupados por mulheres".

Assim, indicou, "a análise destes números mostram-nos que, embora a superioridade" do sector financeiro seja encabeçada por homens, em cargos de decisão e gestão, "as mulheres representam praticamente 40 por cento de ocupação desses lugares".

"Podemos dizer que estamos bem a nível do sector financeiro. Entretanto, a questão que se coloca é como preservar os ganhos que até agora obtivemos a nível da igualdade do género e o que fazer para aumentar estes números", apontou.

O fórum, realizado esta Quarta-feira no Auditório Saydi Mingas, teve como objectivo realçar "o papel da mulher no sector financeiro e a sua experiência na conciliação de outras tarefas, nos vários domínios da vida social, bem como abordar as perceptivas sobre o desenvolvimento do sistema financeiro nacional", refere um comunicado do BNA, a que o VerAngola teve acesso.

Coube ao governador do BNA, José de Lima Massano, fazer as notas de boas-vindas do evento, que foi prestigiado pela primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, que, na ocasião, efectuou a abertura do fórum.

Segundo o comunicado, Ana Dias Lourenço "elogiou a iniciativa do Banco Nacional de Angola, que, na sua opinião, vem contribuir para o necessário reconhecimento do papel central da mulher na sociedade e no mundo empresarial".

Já o encerramento do certame foi da responsabilidade da ministra das Finanças, Vera Daves, que disse que "não é possível falar de liderança feminina no sector financeiro sem se falar da sociedade de onde emerge quem, sendo mulher, exerce funções de liderança", lê-se no comunicado.

O fórum contou com a participação de membros do Executivo, deputados à Assembleia Nacional, membros do Conselho de Administração do BNA, CMC e ARSEG, representantes de instituições financeiras, entre outros convidados.

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