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Oxford Economics: inflação deve descer para menos de 13 por cento este ano

A consultora Oxford Economics vai rever a previsão de inflação em Angola para menos de 13 por cento este ano, considerando que o abrandamento dá espaço para o banco central descer a taxa de juro em mais 250 pontos base.

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De acordo com a opinião destes consultores, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a subida dos preços em Angola deverá ir abrandando gradualmente para chegar ao final do ano abaixo dos 13 por cento, o que representa uma redução da previsão, já que o departamento africano desta consultora britânica previa um aumento dos preços de 14,6 por cento em Janeiro.

"Os dados mais recentes sobre a inflação são mais baixos do que o que prevíamos, por isso deveremos descer a nossa previsão para 2023", escrevem os analistas no comentário à inflação de janeiro, que foi de 12,6 por cento face ao período homólogo de 2022.

"Ao contrário da maior parte do resto do mundo, Angola registou no ano passado uma descida sustentada da inflação, principalmente devido a um fortalecimento da moeda local em 2022 face ao ano anterior, e um declínio generalizado dos preços alimentares desde maio de 2022", acrescentam os analistas, notando que o panorama permanece positivo para o resto deste ano.

Os analistas indicam ainda que "a perspectiva de evolução da inflação no país permanece positiva, com a inflação a dever abrandar devido ao efeito base, um declínio previsto nos preços globais alimentares e um abrandamento das taxas de crescimento dos agregados monetário e creditício".

A nível do continente africano, a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a inflação desça para 14,4 por cento este ano e 9,6 por cento no próximo ano.

No relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspetivas para 2023, divulgado em Janeiro, a ONU considera que, entre as várias regiões africanas, as que registarão uma maior inflação no corrente ano são o Norte de África (16 por cento), a África Ocidental (15,1 por cento) e a África Austral (14,6 por cento).

Ainda com uma inflação na casa dos dois dígitos surge a África Oriental, com 11 por cento, e, com a menor percentagem, a região da África Central, com 3,6 por cento de inflação em 2023.

Num panorama mais geral, a inflação global deverá permanecer elevada em 2023, em 6,5 por cento, e a produção mundial desacelerará face a 2022, fixando-se em 1,9 por cento, anunciou a ONU, pedindo aos governos que evitem a austeridade.

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