"Mais do que nunca, o mundo deve-se preparar para uma provável crise alimentar que esta aí a chegar. Por isso, investir na agricultura, investir na pecuária, investir nas pescas, ali onde for possível, é algo que os estadistas devem ter nas suas agendas", apelou João Lourenço.
O chefe de Estado falava após reunir-se com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, na visita que está a realizar ao arquipélago.
"Angola, tanto como outros países do mundo que têm vocação para a agricultura, tem as portas abertas aos investidores estrangeiros", afirmou João Lourenço, aludindo à disponibilidade que também avançou anteriormente de disponibilizar terrenos para investidores cabo-verdianos cultivarem em Angola para garantir as necessidades alimentares de Cabo Verde e para exportação.
Sem nunca se referir à situação na Ucrânia e à invasão da Rússia, que fez disparar os preços de alguns alimentos em todo o mundo, João Lourenço recordou as "grandes potencialidades" de Angola na agropecuária, como as "abundantes terras aráveis", o clima e a água.
"O que Angola precisa é de investimento. Nós precisamos de investimento dos próprios angolanos, mas também de investidores estrangeiros, entre os quais se encontram com certeza os investidores cabo-verdianos, para produzir alimentos em abundância", disse ainda o chefe de Estado angolano.
João Lourenço chegou no Domingo à Praia e iniciou o programa oficial da visita de Estado a Cabo Verde, retribuindo a que foi realizada em janeiro pelo Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, a Luanda.