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Angola reforça apelos ao investimento europeu. UE promete financiamento

Governantes do país reforçaram esta Quinta-feira, em Bruxelas, o apelo aos investidores europeus, que foi bem acolhido no lado europeu, com a embaixadora da UE em Angola, Jeannette Seppen, a assegurar: “estamos juntos”.

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Na capital belga, cerca de 800 pessoas participaram esta Quinta-feira no primeiro Fórum Empresarial UE-Angola, entre os quais uma delegação nacional de alto nível e 20 executivos de topo das principais empresas europeias.

O objectivo foi lançar uma série de diálogos público-privados sobre as reformas de Angola para apoiar o investimento do sector privado e as ligações empresariais com foco nas áreas com maior potencial de negócio para os europeus.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, deu a sua visão sobre a agenda de reformas políticas e económicas de Angola, um novo "paradigma de governação" que, sublinhou, visa criar um verdadeiro Estado democrático e de Direito e estabelecer as bases de uma economia de mercado que consiga promover a diversificação económica.

Neste âmbito, abordou o combate à corrupção e à impunidade, destacando a recuperação e activos financeiros e imóveis, bem como as acções de fiscalização do Tribunal de Contas que têm permitido "moralizar a execução financeira do Estado".

No campo económico, realçou a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica, a partir de 2018, que permitiu ao país sair de uma situação de défices orçamentais sucessivos e entrar numa trajectória de saldos fiscais positivos, salientando as avaliações "sistematicamente positivas" do FMI.

"Este é um sinal claro da confiança da comunidade financeira internacional no programa de reformas que o Governo tem estado a implementar", apontou Manuel Nunes Júnior, sublinhando que os empresários nacionais estão abertos a estabelecer relações de parceria com empresários de outros países.

"O investimento europeu será sempre muito bem-vindo em Angola com vista a aportar ao nosso país, não só o capital financeiro, mas sobretudo o 'know how' e a tecnologia de que tanto necessitamos", apelou.

O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, falou também do interesse de Angola em se apresentar como destino de investimentos e encontrar, nos angolanos radicados em Angola "uma ponte" para que as empresas europeias se possam internacionalizar também no mercado angolano.

Estas intenções foram bem acolhidas do lado europeu.

"Chegou o momento de dizermos vamos estar juntos e vamos reconstruir melhor de forma mais digital, com a inclusão dos jovens que têm um papel importante para a diversificação de economia de Angola", disse a embaixadora Jeannette Seppen, chefe da delegação da União Europeia em Angola, em Bruxelas.

A responsável europeia lembrou que está disponível para Angola um programa plurianual que contempla 275 milhões de euros para os próximos anos, tendo como foco a diversificação económica, na governação e no desenvolvimento do capital humano.

Angola deve explorar também a iniciativa Global Gateway que tem um envelope de 300 mil milhões de euros disponíveis para o continente africano, assinalou.

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