"O que sabemos é que os resíduos sólidos são matéria-prima para potencializar determinadas indústrias", começa por explicar Francisco Lopes, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).
O engenheiro hidráulico e sanitarista avança que o país já se deparou com "o interesse de uma série de países" em adquirir o lixo de Angola.
"Estes países já deram conta que os nossos resíduos sólidos são ricos. Têm muito plástico, têm muito papel, têm restos de comida e tudo isto são matérias que podem potencializar as suas indústrias", esclareceu.
Admitiu ainda que este ramo pode vir a gerar vários empregos. Se o país traçar políticas para "o aproveitamento destes resíduos como matéria-prima, de acordo com os matérias recolhidos, temos indústrias para a sua utilização e teremos uma série de indivíduos a trabalhar nesse sentido", afirmou.
Joana Lina, governadora de Luanda, também em declarações à RNA, afirmou que o problema do lixo está a ser solucionado e aproveitou para pedir desculpa à população.
"Estamos a viver um momento muito difícil. Peço publicamente as sinceras desculpas à população", começou por dizer.
A governadora pediu ainda para que a população tente colaborar mais para que o problema seja ultrapassado rapidamente. "Quando colocam, por exemplo, paus ou podam árvores e colocam isso dentro dos contentores, já sabemos que quando chegarem as compactadoras para recolherem esse lixo, estraga o equipamento", dificultando a recolha dos resíduos.