A responsável não avançou datas para o lançamento dos concursos, sabendo-se apenas que estes deverão abrir nos próximos tempos.
Laurinda Cardoso, que dirige o grupo técnico de apoio ao PIIM, admitiu que estas contratações vão permitir aos centros de saúde e às escolas entrarem em funcionamento assim que as obras de construção terminarem.
"Na estratégia do PIIM vamos acautelar o apetrechamento, bem como a imediata operacionalização nas infra-estruturas de saúde e escolares", disse, citada pelo Jornal de Angola.
A secretária de Estado para a Administração do Território, que falava esta Terça-feira no final da segunda sessão de balanço da Comissão Interministerial para a Implementação do PIIM, explicou que para a área da Saúde será lançado apenas um concurso público. Já para o sector da Educação, as contratações serão feitas lenta e gradualmente, sendo que as primeiras selecções deverão arrancar ainda este ano e entender-se pelos próximos, esclareceu.
Com o concurso para a área da Saúde, o Governo prevê contratar médicos, enfermeiros e técnicos de saúde. Para a Educação, o Executivo pretende contratar professores, auxiliares e administrativos.
A responsável adiantou que o objectivo destes concursos é fazer com que, em Setembro, quando se iniciar o próximo ano lectivo, as infra-estruturas inauguradas no âmbito do PIIM, já tenham funcionários para começar a operar.
Assim que os projectos do PIIM estejam "concluídos, os mesmos não devem ficar à espera do processo de recrutamento e selecção de quadros", indicou.
A responsável frisou ainda que os sectores da Educação e Saúde estão a trabalhar em conjunto para que seja traçado, de forma atempada, uma estratégia que cumpra todos os requisitos exigidos pelos processos dos concursos e aproveitou ainda a ocasião para revelar que a execução dos projectos do PIIM, que se encontravam em carteira, evoluíram em cerca de 90 por cento.
Indicou também que a comissão está a rever os resultados dos projectos que estão em execução: "Há províncias que já concluíram e já fizeram um reajuste total da sua carteira. Muitas delas poderão ter um ligeiro aumento em termos de números de projectos, outras estão a merecer um acompanhamento das equipas técnicas centrais para que até 31 deste mês seja concluída a reavaliação dos projectos da carteira do PIIM".
Já Juciene Cristiano, directora nacional de Investimento Público, revelou que já foram realizados 1472 projectos em todo o país, significando uma execução acumulada de cerca de 151 mil milhões de kwanzas.
"Esse valor vai aumentar substancialmente nos próximos dias, tendo em conta a existência de 1583 projectos prontos para serem executados", indicou.
Sobre o desvio de dinheiro, a responsável frisou que para já não existem casos julgados, sublinhando que o sistema "permite o alinhamento, a todo o momento, da execução física à execução financeira e permite identificar, muito rapidamente, qualquer tentativa de desvio".