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Metro de Superfície de Luanda: sim ou não? Especialistas destacam benefícios

A chegada do Metro de Superfície a Luanda trará alguns benefícios para o país. Especialistas acreditam que este novo serviço de transporte ajudará a melhorar a mobilidade e contribuirá para a criação de emprego, enquanto reduz o número de carros que circulam diariamente na capital, tornando-se assim num impulsionador do crescimento da economia nacional.

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A diminuição da circulação de carros na cidade será uma das mudanças que o país irá notar com maior rapidez. Em declarações à Angop, Abílio Cabeto, engenheiro civil, referiu que as pessoas vão deixar de andar no seu carro, passando a optar por se deslocar de metro.

Por ser um transporte cómodo, rápido e pelo o valor dos bilhetes ser reduzido a procura será grande, considerou. O especialista defendeu ainda que o facto de as pessoas não precisarem de acordar muito cedo para irem apanhar aquele transporte e o facto de não correrem o risco de serem assaltadas, serão factores decisivos na hora de aderir ao metro.

"De um modo geral, poderá haver uma vida menos stressante", completou.

Angelino Quissonde, engenheiro, também partilha da mesma opinião que Abílio Cabeto. À Angop, o especialista disse que o reduzido custo dos bilhetes será uma mais valia para a população.

Abordou também o meio ambiental: uma vez que o número de veículos a circular na cidade vai diminuir, o nível de poluição também vai baixar.

Para o engenheiro, o metro vai permitir aos angolanos programar melhor a sua vida, fazendo com que as pessoas cheguem mais felizes e motivadas ao seu emprego. Isto porque, o ter de acordar muito cedo e enfrentar o trânsito vão deixar de ser uma realidade.

Já Estêvão Eutímio, economista, afirmou que o metro vai ajudar a economia a crescer, uma vez que a circulação de pessoas e bens será mais fácil, permitindo assim aumentar as transacções comerciais.

Desalojamentos para implementar o metro

No entanto, nem tudo são boas notícias. Angelino Quissonde disse à Angop que a construção do metro irá trazer alguns constrangimentos à cidade: demolições e a mobilização de parte da população para outras zonas da cidade serão algumas das realidades que poderão vir a acontecer com a instalação do metro.

"Naturalmente que hoje, não é possível implementar-se em Luanda um projecto com essa dimensão sem incorrer a desalojamentos", afirmou à agência o economista Estêvão Eutímio. Aos olhos do economista, a cidade não tem espaço para construir uma infra-estrutura como a que o metro pede.

Contudo, os especialistas deixaram a ressalva de que o realojamento das famílias deverá ser implementado no plano de investimento do projecto, assegurando assim o bem-estar de todos.

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