“Não é o caso”, disse José de Lima Massano, que falava Sexta-feira em conferência de imprensa depois da reunião do Comité de Política Monetária do banco central.
Segundo José de Lima Massano, a depreciação de 10 por cento de Janeiro até à presente data do kwanza está em linha com factores externos, nomeadamente a baixa do preço do barril de petróleo, situação que afecta outras economias com as características da angolana, nomeadamente a do Brasil e de quase toda a América Latina.
“Se nós olharmos para o que está a acontecer, por exemplo, com a economia brasileira, em que o real depreciou acima de 20 por cento no mesmo período, o rand depreciou acima de 20 por cento nesse período, aconteceu com quase toda a América Latina, o Chile, o Equador, Colômbia, México, Rússia - o rublo caiu mais de 20 por cento - nós caímos 10 por cento”, referiu.
José de Lima Massano afirmou que a 31 de Dezembro de 2019 foram efectuados os principais acertos e em Janeiro verificou-se ainda “uma certa pressão”, com uma depreciação de 2,7 por cento.
“No mês de Fevereiro tivemos uma apreciação do kwanza em relação ao dólar, no mês de Março voltamos a assistir a uma depreciação da moeda”, disse.
“Tivemos, sim, um ajustamento justificado por este contexto, de um factor externo, a queda acentuada do preço do petróleo”, salientou.
José de Lima Massano adiantou que as reformas a este nível estão essencialmente efectuadas, mas a situação vai continuar a ser monitorizada, “com os mesmos princípios, assegurar que o país disponha de reservas internacionais para cobrir responsabilidades e necessidades, que o mercado encontre o equilíbrio”, entre outros aspectos.