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Luanda já pagou 178 milhões de euros de dívida às empresas portuguesas

Angola já pagou 178 milhões de euros da dívida certificada às empresas portuguesas e estão em processo de certificação outros 170 milhões, adiantou à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

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"Ultrapassámos a barreira dos três quintos e aproximamo-nos, como disse [Quinta-feira] o Presidente português [Marcelo Rebelo de Sousa], dos dois terços", disse Augusto Santos Silva, no Lobito, salientando que os números "evoluíram positivamente" desde Novembro, durante a visita de Estado de João Lourenço a Portugal.

Santos Silva - que acompanha a visita oficial do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa- referiu que 170 milhões de euros estão já em pagamento, uma vez que as modalidades são negociadas caso a caso entre o devedor e o credor - "entre o Estado angolano e cada uma das empresas portuguesas".

"Havendo várias modalidades possíveis, as empresas negoceiam e escolhem, dentro das condições de negociação, a modalidade que preferem", explicou.

Globalmente, entre os credores do Estado estão várias empresas portuguesas que, segundo Portugal, reclamam 400 a 500 milhões de euros, embora Angola situe o valor na ordem dos 300 milhões de euros.

Questionado pela Lusa sobre se os 178 milhões de euros já pagos é um montante razoável ou ainda baixo, Santos Silva relativizou.

"Depende. Se contarmos com o ponto de partida, é um avanço muito significativo. Se considerarmos o montante, ainda há um terço da dívida que se encontra já certificada por pagar. E ainda há um terço da dívida reclamada que está por certificar. O processo vai continuar", respondeu.

Santos Silva lembrou que o processo é já irreversível, salientando que, do ponto de vista político, a decisão está tomada.

"No segundo semestre do ano passado, as autoridades angolanas reconhecerem de forma muito clara a existência destas dívidas. Como o ministro das Finanças angolano [Archer Mangueira] tem explicado, muito destas dívidas estavam já certificadas pelo Estado angolano, enquanto outras tinham sido assumidas pelos governos provinciais", disse.

Santos Silva relembrou que o trabalho feito em cerca de sete meses é "muito positivo", uma vez que se teve de proceder à identificação das dividas - "é o que se chama a certificação das dívidas reclamadas pelas empresas" -, e depois a negociação caso a caso para se efectuarem os pagamentos.

Mas, referiu, "o Presidente angolano [João Lourenço] já garantiu que as dívidas assumidas pelo Estado angolano às empresas portuguesas são para ser pagas", situação que tem vindo a concretizar-se através do Ministério das Finanças.

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