Em declarações à Lusa no Lobito, na província de Benguela, Luís Castro Henriques referiu que o acordo, assinado na Quinta-feira na cidade de Benguela, define os objectivos da parceria com a Agência para o Investimento Privado e Exportações (AIPEX) a cumprir este ano.
Castro Henriques, que se encontra integrado na comitiva do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, na visita a Angola, que entrou esta Sexta-feira no terceiro e penúltimo dia, realçou a colaboração "muito activa e de há longos anos" da AICEP com a congénere angolana, liderada por Licínio Vaz Contreiras.
"Temos já há muito tempo uma colaboração muito activa com a AIPEX e este acordo define inclusive os objectivos a cumprir este ano no âmbito da nossa parceria. É uma renovação da nossa parceria, trabalhamos juntos já há muito tempo, temos feito várias missões institucionais. O acordo serve também para trabalharmos em conjunto nas futuras missões", sublinhou o presidente da AICEP.
Segundo Castro Henriques, a AICEP está a colaborar "activamente" com Angola desde que o Governo de Luanda deu início à estratégia de diversificação económica, no princípio de 2018.
"Disponibilizamo-nos para cooperar nesse objectivo. Desde então, já fizemos várias missões técnicas, às vezes com empresas, à [província da] Huíla e, agora, em Benguela, além das já feitas a Luanda", disse, prevendo para fins de Abril uma outra a Malanje.
"Estamos a marcar agora as datas para Malanje. Talvez dentro de mês e meio", sublinhou, lembrando estar já a trabalhar para que, em Junho, a AICEP marque uma "presença forte" da Feira Internacional de Luanda (FILDA), para a qual apelou Quinta-feira à participação "também forte" dos empresários portugueses, dado tratar-se de um evento de "grandes dimensões e de muita importância" em Angola.
Para Castro Henriques, o importante é que a AICEP está a fazer um "trabalho prévio" para identificar quais as oportunidades e os sectores de actividade que terão maior interesse para os empresários portugueses.
"Há boas oportunidades, sobretudo nas províncias em Angola. Por isso queremos também fazer missões nas províncias, e este protocolo prevê que possamos conjugar esforços para isso", salientou, lembrando a presença de cerca de 250 empresas e empresários dos dois países, que lotaram a sala de conferência do Palácio do Governador local.
A renovação do protocolo, que antecedeu a cerimónia de encerramento do fórum e foi assinada pelos presidentes da AICEP e da AIPEX, Licínio Contreiras, vai permitir, acrescentou Castro Henriques, a realização de "acções de formação e capacitação" em conjunto com a congénere angolana.
"Tudo está enquadrado nos objectivos que a AIPEX tem com os novos desafios que a economia angolana agora tem", ligados à diversificação da economia, concluiu.