Segundo informação enviada à Lusa pela delegação de Angola da Organização Mundial de Saúde (OMS), a conclusão resulta da recente reunião de peritos da saúde do Kavango (Namíbia) e do Cuando Cubango, para avaliar programas comuns ao longo da fronteira.
"As duas partes concordaram em reforçar de igual modo as actividades integradas de vigilância epidemiológica, mobilização social e de educação para a saúde, assim como as medidas de controlo vectorial, tendo em conta a presença do mosquito ‘Aedes egypti’ nas localidades de Cuangar e Nankudu, ao longo do rio Kubango", refere a OMS, sobre o encontro de Rundu (Namíbia).
Segundo aquela agência das Nações Unidas, os participantes na reunião reconheceram, contudo, "que tanto os recursos logísticos como humanos são limitados para assegurar uma melhor eficácia das tarefas de vigilância e controlo de doenças em ambos os lados da fronteira comum".
Os peritos da saúde da província do Cuando-Cubango e a contraparte namibiana, indica a OMS, "concordaram" ainda na partilha de "boletins de informação epidemiológica", numa base semanal, também tendo em conta o "intenso movimento migratório na região".
Foi igualmente recomendada a realização de "actividades suplementares de vacinação infantil, para minimizar as consequências iminentes da baixa cobertura vacinal ao longo da fronteira", assim como "a melhoria dos cuidados de saúde materna às mulheres grávidas e em idade fértil".
A reunião permitiu a troca de informações sobre os progressos de ambos os lados da fronteira no controlo de doenças como a malária, tuberculose, febre-amarela e da epidemia do VIH/Sida, refere a OMS.
Este encontro realizou-se no quadro da monitorização regular do acordo transfronteiriço sobre a Saúde, assinado em Março de 2011, em Lusaca, entre Angola, República do Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia, dinamizado pela OMS.
No caso da região entre o sul de Angola e norte da Namíbia, a próxima reunião deverá decorrer em Outubro de 2017.
