Durante a visita, de poucas horas, Obiang foi recebido no palácio presidencial pelo chefe de Estado José Eduardo dos Santos, tendo ambos reunido em privado, ao mesmo tempo que delegações ministeriais dos dois países acertavam, em conversações oficiais, novos mecanismos de cooperação.
Nenhum dos chefes de Estado prestou declarações durante a visita de Teodoro Obiang a Luanda.
Em declarações aos jornalistas, a secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, explicou que foi aprovada a criação de uma comissão técnica que vai avaliar o cumprimento dos oito acordos de cooperação e dois protocolos assinados entre os dois países, em áreas como a defesa, interior, petróleo e ensino superior, entre outros.
A cooperação, disse ainda, vai ser reforçada com um novo acordo técnico entre Angola e a Guiné Equatorial, aprovado Segunda-feira.
O secretário de Estado dos Assuntos Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial, Domingo Mituy, explicou que a visita realizada a Luanda, é uma demonstração da vontade de "reforçar a cooperação inexistente" por parte dos dois chefes de Estado.
O governante acrescentou que, entre outras coisas, a Guiné Equatorial "pode oferecer" a Angola as universidades do país, para formação de quadros.
O apoio angolano permitiu a adesão da Guiné Equatorial, em 2015, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), devendo ainda Angola participar no processo de formação de professores para leccionar o português naquele país.
O estabelecimento de ligações aéreas entre as duas capitais, Luanda e Malabo, está igualmente em cima da mesa.
Angola está a formar 200 oficiais das forças de segurança da Guiné Equatorial e as duas petrolíferas estatais estão a estudar um reforço da cooperação, nomeadamente na área do gás.
