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Comércio

Défice na produção nacional dificulta exportações

A actual conjuntura económica forçou o Estado angolano a identificar fontes alternativas de receitas, que pudessem permitir a entrada de divisas no país e um dos elementos importantes para a sustentabilidade do processo de desenvolvimento de um país é o relacionamento com o exterior através das exportações de produtos locais, na qual o Governo de Angola tem envidado esforços na inserção competitiva da economia no contexto internacional.

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Com o objectivo de garantir a entrada de divisas no país, no quadro da diversificação da economia, o Estado angolano tem trabalhado para que produtos agrícolas, florestais e seus derivados, das pescas, mineiros e industriais; serviços como os dos transportes, financeiros e das telecomunicações, produzidos em Angola possam ser comercializados em outros países.

O difícil acesso a moeda externa, factor agravado pela crise motivada pela redução das receitas do país devido a queda do preço do petróleo no mercado, que tem reduzido a capacidade das empresas de todos os sectores, para adquirir equipamentos, e bens intermediários a sua produção, bem como défice de recursos humanos e tecnológicos, as infra-estructuras económicas e sociais de fornecimento de água e energia são precárias, são apontados como condicionantes da produção. E afirmam que, solucionar tais problemas permitirá aumentar a produtividade.

O sector não petrolífero ainda está muito longe de satisfazer a procura interna, pelo que não responderá a curto prazo a demanda externa, haverá que se continuar com esforços para o aumento da produção em quantidade e qualidade, para que se consiga atender a demanda externa.

O secretário-geral da Camara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), António Tiago Gomes, entrevistado pela Economia & Mercado, apontou como grande défice a capacidade de abordar os mercados externos por ausência de conhecimentos sobre regras de comércio internacional por parte do empresariado nacional.

As empresas angolanas enfrentam, também, dentre vários problemas, o difícil estabelecimento de parcerias com países economicamente potentes no acesso ao conhecimento, tecnologia e know-how, devendo-se, na maior parte dos casos, ao baixo nível de capital empresarial, a baixa capacidade de investigação e desenvolvimento que limitam a inovação e desenvolvimento de novos produtos e serviços com qualidade para competir nos mercados externos. Pode se notar ainda a baixa capacidade de investigação e desenvolvimento de novos produtos que limita a inovação e serviços com qualidade para competir.

O responsável da CCIA afirmou que tem existido um grande esforço no sentido de voltar a exportar produtos como o café, a banana, produtos da pesca, madeiras e mineiros.

No período 2015/2016 as exportações do país corresponderam a 54.6 biliões de dólares norte-americanos, sendo que os principais produtos foram o petróleo, refinados, diamantes e sucatas de ferro.

Os principais parceiros de Angola têm sido a China, Portugal, Coreia do Sul, Espanha, Bélgica, Tailândia, Índia, Estados Unidos e a região da SADC, mas que devido aos problemas de produção o país importa mais do que exporta.

Peso do sector não-petrolífero é bastante insignificante para o PIB

Para o PIB, o sector não petrolífero ainda é considerado insignificante devido aos vários factores que condicionam a produção local. Segundo dados fornecidos pela CCIA, o sector contribui com apenas 2,6% dos produtos nacionais, nomeadamente café, madeira, pedras preciosas, peixe, crustáceos e ferro, cujo destino principal são os Emirados Árabes Unidos e a Suíça.

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