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BPC quer retomar capacidade operacional mas pode cortar 20 por cento dos empregos

O novo presidente do conselho de administração do estatal Banco de Poupança e Crédito (BPC), Ricardo D'Abreu, definiu como prioritária a reposição da capacidade operacional da instituição, mas a restruturação deverá cortar mais de 20 por cento dos postos de trabalho.

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Antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola, Ricardo D'Abreu acumula desde o passado dia 30 de Março, Quinta-feira, o cargo de presidente da comissão executiva do banco, o maior angolano e cujo valor do crédito malparado ascendia, segundo números oficias recentes, a mais de 1000 milhões de dólares, obrigando à sua reestruturação.

"A prioridade é repor a capacidade operacional do Banco de Poupança e Crédito para que os clientes, sejam empresas sejam particulares, consigam confiar no propósito de prestação de um serviço integral", disse Ricardo D'Abreu, durante a tomada de posse da nova administração.

Nos últimos meses foram relatados vários problemas de liquidez no BPC e foi suspensa a atribuição de crédito pela instituição.

Informações veiculadas pelo Expansão referem que o plano de reestruturação do BPC, aprovado pelos accionistas, implica a redução de 1200 postos de trabalho (de um total superior a 5000) e o encerramento de 124 das 400 agências do banco estatal.

"A função de intermediação do banco, em particular a de crédito, passa pela capacidade de, com prudência, concretizar o binómio criação de valor para os clientes e para o banco. Todos, empresas e particulares, podem contar com uma gestão ética, profissional e responsável", afirmou, por seu turno, o novo homem-forte do maior banco angolano.

O Estado é accionista do BPC, através do Ministério das Finanças (75 por cento), o Instituto Nacional de Segurança Social (15 por cento) e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10 por cento), que deverão suportar "na proporção da sua participação" o financiamento do aumento de capital (recapitalização) também previsto neste processo de reestruturação, no valor global de 90 mil milhões de kwanzas.

"O banco vive um momento muito particular da sua história. Queremos sanear e reestruturar o BPC. Vamos fazê-lo para que o banco sirva convenientemente o Estado, seu único accionista", disse em Outubro passado o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

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