Segundo informação do Ministério das Finanças enviada Segunda-feira à Lusa, estas decisões foram tomadas na Sexta-feira, em assembleia universal de accionistas do maior banco angolano, com Ricardo D'Abreu a ser nomeado ainda presidente da comissão executiva do banco.
"Dada a elevada importância sistémica do BPC no sistema financeiro, bem como na sua estabilidade, os accionistas acreditam que estão criadas as condições para devolver ao BPC a sua reputação e rentabilidade nos próximos exercícios", refere o Ministério das Finanças.
São accionistas daquele banco o Estado, representado pelo Ministério das Finanças (75 por cento), o Instituto Nacional de Segurança Social (15 por cento) e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10 por cento), que deverão suportar "na proporção da sua participação" o financiamento do aumento de capital.
Em Outubro passado foi empossada uma nova administração no banco estatal, que passou a ser liderado por Cristina Florência Dias Van-Dúnem, que até Maio foi vice-governadora do Banco Nacional de Angola (BNA), passando então a presidente do conselho de administração e administradora não executiva da instituição.
Agora, por decisão dos accionistas, a administradora foi exonerada, ao fim de menos de seis meses no cargo, substituída por Ricardo D'Abreu, outro antigo vice-governador do BNA, agora com mandato, tal como os restantes administradores, até 2021.
De acordo com o Ministério das Finanças, os accionistas aprovaram o plano de recapitalização e reestruturação daquele banco e incumbiram os órgãos sociais de "procederem à sua materialização dentro dos prazos nele definidos", tendo ainda deliberado "sobre a emissão de obrigações convertíveis em acções pela sociedade".