A informação consta do relatório e contas do BNA de 2015, fechado apenas este mês e ao qual a Lusa teve acesso esta Quarta-feira, que contrapõe com os 4,6 milhões de dólares.
Em causa está a rubrica "Supervisão - Multas e penalidades", que corresponde às coimas aplicadas pelo BNA às mais de 20 instituições financeiras pelo incumprimento das disposições legais em vigor, que sofreu uma forte quebra no primeiro ano (2015) de crise financeira e económica.
Esta quebra aconteceu precisamente no ano seguinte ao colapso do Banco Espírito Santo Angola (BESA), intervencionado pelo BNA e transformado já em 2015 em Banco Económico, entrando a Sonangol para accionista de referência.
O capital do BNA, responsável ainda pela emissão de dívida, gestão das reservas e emissão de moeda nacional, está fixado nos 1,6 mil milhões de dólares, e a instituição, liderada no último ano por Valter Filipe, viu os custos com pessoal aumentar de 2014 para 2015 em mais de 43 por cento, para 330 milhões de dólares.
A remuneração directa dos trabalhadores do banco central desceu ligeiramente, para 80,6 milhões de dólares, enquanto a remuneração dos órgãos de gestão aumentou, igualmente de 2014 para 2015, cerca de 20 por cento, para 2,4 milhões de dólares.