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Isabel dos Santos: “Vamos criar a próxima geração de petrolíferas nacionais”

A presidente do Conselho de Administração da Sonangol afirmou que a empresa tem como visão “criar a nova geração de empresas petrolíferas nacionais”, assente na introdução de mudança e inovação.

Nuno Coimbra:

“Queremos desafiar a forma como as empresas petrolíferas nacionais trabalham, que nos parece ser baseada num modelo muito desactualizado”, referiu, durante a sua intervenção como oradora na CERAWeek.

A Sonangol reduziu os custos logísticos em 50 por cento entre 2015 e 2017, anunciou ainda a empresária no encontro mundial da indústria petrolífera em Houston, Estados Unidos da América.

Isabel dos Santos dá conta de também ter anunciado aos industriais do sector a intenção de reforçar “os objectivos da Sonangol de aumento da capacidade de fiscalização do Estado” angolano, tendo em conta que a petrolífera é a principal accionista do sector, de aumento do lucro e eficiência do sector, de “aumento da transparência” e de melhoria das capacidades de gestão, focando-se nas actividades centrais da empresa.

A presidente da Sonangol defendeu no encontro que o principal foco do negócio que gere deve ser o dos negócios de petróleo e gás: “Temos de nos voltar a concentrar no nosso ‘core business’”, afirmou, citando exemplos de outras grandes companhias petrolíferas que estão a desinvestir em áreas não ‘core’ (áreas não centrais) e a focar-se no negócio essencial.

Isabel dos Santos defendeu ainda a necessidade de “construir um modelo” mais resistente às mudanças no preço do petróleo, para evitar a vulnerabilidade a essas variações.

A edição deste ano do CERAWeek, um encontro anual das maiores empresas da indústria do petróleo e gás do mundo, tem como tema 'Ritmo de Mudança: Construir um Novo Futuro Energético', e termina na sexta-feira.

Na Terça-feira, numa entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, à margem da conferência do sector petrolífero que decorre em Houston, Isabel dos Santos disse que Angola apoia a possibilidade de estender para além do primeiro semestre o acordo de cortes na produção de petróleo acertada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A OPEP e mais outros 11 grandes produtores de petróleo concordaram no ano passado reduzir a produção, o que levou a um aumento de 17 por cento nos preços do petróleo nos EUA durante as últimas cinco semanas de 2016. A empresária esclareceu ainda que pretende cumprir o seu mandato de cinco anos à frente da petrolífera nacional.

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