Em causa está a aquisição destes navios à Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (DSME), mas cujo pagamento por parte da empresa pública tem vindo a ser sucessivamente atrasado, devido às próprias dificuldades que a Sonangol atravessa.
A situação inviabiliza a entrega dos navios e além disso ameaça a sobrevivência daquele estaleiro, o segundo maior da Coreia do Sul.
"A Sonangol está a desenvolver com os seus parceiros internacionais um novo modelo de negócio para rentabilizar dois navios-sonda adquiridos pela companhia na Coreia do Sul e que, brevemente, entrarão ao serviço", afirma a Sonangol, no comunicado divulgado Seguinda-feira.
Para tal, a empresa concessionária do sector petrolífero, necessita ainda avançar com a "conclusão do processo de financiamento, selecção final de parceiros tecnológicos e por uma identificação de novas oportunidades de produção".
"Etapas já comunicadas e discutidas com as companhias internacionais do ramo petrolífero que operam em Angola: Esso, Chevron, BP, Eni e Total", explica a concessionária, que assim pretende envolver as multinacionais do sector neste processo.
Segundo a petrolífera, a entrada em operação dos navios-sonda "far-se-á de acordo com as regras de compliance" e tendo ainda subjacente um Memorando de Entendimento entre a Sonangol e as companhias operadoras internacionais "de forma a estabelecer uma tarifa diária competitiva e sustentável, indexada aos preços médios praticados no mercado internacional".
"O processo de transformação que vem sendo implementado desde Julho de 2016, sendo transversal a toda a empresa, possibilita a criação de um ambiente de negócios mais favorável, reduz os custos da produção e facilita o acesso a reservas de menor dimensão. Há assim condições para um melhor aproveitamento dos recursos através de práticas de operação de excelência de acordo com os mais elevados padrões internacionais", enfatiza a Sonangol no comunicado distribuído à imprensa.