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Governo estuda viabilidade de construção de refinaria no Soyo

O Governo está a estudar a viabilidade da construção de uma refinaria no município petrolífero do Soyo, no norte do país, projecto cuja primeira pedra foi lançada pela anterior administração da Sonangol, em 2015.

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Por decisão do Presidente foi já criada este mês, de acordo com um despacho a que a Lusa teve acesso, uma comissão multissectorial coordenada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira e que integra o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, e a presidente da Sonangol, Isabel dos Santos, entre outros elementos.

A missão da comissão, lê-se, será a de elaborar até final de Março um estudo com "propostas técnicas atinentes à viabilidade da implementação do projecto de desenvolvimento da refinaria do Soyo", também "tendo em conta que o Executivo pretende assegurar as condições necessárias para aumentar a produção de produtos refinados derivados do petróleo bruto".

Aquela região da província do Zaire é uma das maiores produtoras de petróleo em Angola. Em 2015 foi anunciada a colocação da primeira pedra das obras de construção da refinaria do Soyo, prevendo-se então a entrada em funcionamento a partir 2017, processando 110.000 barris de petróleo por dia.

A construção, na localidade do Kifuquena, foi entregue ao grupo China International Fund, e na altura o então presidente do conselho de administração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria - substituído por Isabel dos Santos em Junho último -, disse que a refinaria do Soyo constava do programa do executivo para diversificação da produção, redução das importações de combustível e para estimular outras indústrias, como a petroquímica.

Para garantir o aumento da capacidade de refinação interna, o nosso país tinha em curso o projecto de construção da refinaria do Lobito, em Benguela, com capacidade para processar 200.000 barris de petróleo por dia e cuja conclusão chegou a estar prevista para 2018.

Contudo, devido ao processo de reestruturação financeira na Sonangol, provocada pela quebra nas receitas com a exportação de petróleo e uma dívida superior a nove mil milhões de dólares, a administração liderada por Isabel dos Santos decidiu em 2016 suspender o projecto para analisar a "visão estratégica e da viabilidade económica".

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