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Saúde

Organização Mundial de Saúde: manutenção do aumento da esperança média de vida é desafio

O representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola disse hoje à Agência Lusa que a manutenção do aumento da esperança média de vida dos angolanos é um desafio a ter em conta no actual contexto de crise.

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Hernando Agudelo disse que - numa altura de forte crise financeira e económica no país, devido à quebra das receitas fiscais petrolíferas e consequentes cortes em vários serviços do Estado - o desafio está na definição "absolutamente necessária" de uma política de "melhor utilização" dos recursos públicos "para assegurar que os poucos recursos são utilizados de forma eficiente".

O representante da OMS salientou que o aumento da esperança média de vida em Angola, para 60,2 anos, como resultado das melhorias no sistema de saúde, "mostra que a qualidade de vida dos angolanos melhorou".

"A esperança de vida é um indicador directo da qualidade de vida das populações, não só do sistema de saúde mas sobre como as pessoas estão a viver ou a capacidade que têm para se alimentar melhor", adiantou Agudelo, comentando números do censo populacional angolano anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola em 23 de Março.

De acordo com os dados do censo, realizado em Maio de 2014, a esperança média de vida em Angola passa agora a estar fixada em 60,2 anos. As mulheres angolanas aspiram agora a viver até aos 63 anos e os homens até aos 57,5 anos.

Sendo um dos indicadores do índice de desenvolvimento humano, o aumento da esperança média de vida em Angola em oito anos, face aos últimos registos disponíveis, é explicado pela OMS, entre outros aspectos, com os investimentos na saúde, educação e a melhoria na organização do Estado, sobretudo com o fim da guerra civil, em 2002.

"Na saúde aumentaram as universidades [formação de médicos e enfermeiros], os hospitais, o acesso das pessoas aos hospitais, o número de pessoas que trabalham nos hospitais, nestes anos de bonança (...) o que aumentou a sobrevivência", disse Hernando Agudelo à Lusa.

A população angolana está agora fixada em 25.789.024 pessoas, sendo 52 por cento mulheres, à data de Maio de 2014, segundo o recenseamento, o primeiro feito em Angola após a independência do país.

A idade média em Angola é de 20,6 anos e cada mulher angolana tem quase seis filhos, em média, com o país a apresentar um crescimento natural da população de 2,7 por cento.

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