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Angola deve facilitar entrada de empresas portuguesas para diversificar a economia, afirma ministro luso

O ministro da Economia português considerou esta Segunda-feira que a crise económica e financeira em Angola é o momento ideal para facilitar a entrada de empresas portuguesas no país, para poderem ajudar a economia a diversificar-se e ultrapassar a crise.

Jornal de Negócios:

"É nestes momentos que devemos pensar em todos os entraves que ainda há à entrada de empresas em Angola, ao investimento, até ao nível dos vistos, coisas pequenas e grandes, para que se possa facilitar que as empresas portuguesas dêem o contributo que podem dar à diversificação de Angola, à retirada desta dependência do petróleo e para continuarem a estar na primeira linha de aproveitar o crescimento económico que Angola vai ter nas próximas décadas", disse Manuel Caldeira Cabral.

Falando no encerramento da conferência "Angola 40 anos de Independência - Construir um Futuro Sustentável", organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), em colaboração com a Representação Comercial de Angola em Portugal, Manuel Caldeira Cabral vincou que "as empresas portuguesas podem dar um contributo muito importante para esta estratégia" de diversificação da produção económica no segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana.

"Se olharem para a crise como oportunidade, esta é uma oportunidade interessante para quem possa e tenha a capacidade e queira investir no longo prazo e encontrar investimentos diferentes, que dêem nova capacidade produtiva e diversifiquem a base produtiva" de Angola, acrescentou o ministro.

Numa intervenção na qual salientou a proximidade cultural e os laços de amizade entre os dois países, Manuel Caldeira Cabral afirmou que "as dificuldades na economia angolana reflectem-se nas empresas portuguesas" e garantiu que "o Ministério da Economia está atento a essas dificuldades e está atento para dar a mão aos empresários e apoiar nestes momentos menos fáceis, mas também para dizer que Angola continua a ser um mercado em que vale a pena apostar não só hoje, mas principalmente como aposta de futuro".

Para o ministro, "é nos momentos difíceis que se vê a amizade e os valores que unem os dois povos e a resiliência das empresas portuguesas, que já a mostraram em Portugal nos últimos anos, e mostram agora em Angola, onde têm dificuldades de pagamento e de manter os postos de trabalho que aí conseguiram implantar".

O petróleo garantiu em 2014 cerca de 70 por cento das receitas fiscais angolanas, mas em 2015 não deverá ter ultrapassado os 36,5 por cento, de acordo com as projecções governamentais.

O país está há mais de um ano mergulhado numa crise financeira, económica e cambial, com uma inflação galopante, já superior a 17 por cento a um ano, e a revisão em baixa do crescimento, estimado em 3,3 por cento do Produto Interno Bruto para 2016.

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