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Ministra do Comércio: fiscalização permitiu redução do preço dos alimentos

A ministra do Comércio angolana anunciou que a fiscalização que está no terreno há duas semanas já permitiu o "abaixamento dos preços" dos alimentos em todo o país, criticando o "aproveitamento" dos agentes económicos neste período de crise.

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"A ocasião faz o ladrão e eles vieram aproveitar-se desta situação para a subida dos preços", admitiu a ministra Rosa Pacavira, na sexta-feira, ao fazer o balanço da operação de fiscalização lançada em conjunto por aquele ministério e pela polícia, através do Serviço de Investigação Criminal.

A governante garante que já se verifica um "abaixamento de preços a nível nacional", dando como exemplo os sacos de grandes quantidades de açúcar, que desceram nos últimos dias dos 20.000 para os 12.000 kwanzas, e de arroz, que passaram a custar metade, cerca de 5.500 kwanzas. "E ainda vão baixar mais", advertiu a ministra Rosa Pacavira.

Desde 22 de Fevereiro que estas equipas estão no terreno a inspeccionar os preços dos produtos da cesta básica, tendo em vista a sua redução, depois de em Luanda a inflação a um ano ter atingido, em Janeiro, os 17 por cento.

Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra para menos de metade nas receitas com a exportação de petróleo, o que dificultou ainda as importações, pela falta de divisas, levando a um aumento generalizado de preços.

"Assistimos a uma subida de preços por antecipação dos próprios importadores, prevendo a desvalorização contínua da nossa moeda e para poderem comprar dólares [paga pagar as importações] nos mercados", explicou a governante.

Sem acesso a divisas, as importações de alguns produtos, sobretudo alimentos, estão limitadas, deixando as prateleiras dos supermercados angolanos vazias e fazendo disparar os preços no mercado informal.

Também para controlar esta situação, o Governo angolano colocou, através de decreto do Ministério das Finanças, 32 produtos e serviços, como arroz, leite, pão ou tarifas de transportes, numa lista de "preços vigiados".

Além destes, o decreto estipula que seja o Governo a fixar os preços de gás, petróleo iluminante, água canalizada, electricidade e tarifas do transporte público colectivo urbano.

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