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Gastronomia

República: um restaurante que é uma história de vida

"E pelo poder de uma palavra recomeça a minha vida. Nasci para te conhecer, para te nomear, liberdade". República, assim se chama o novo restaurante que nasceu, nem por acaso, no número 119 da Rua da Liberdade. A Vila Alice acolhe o projecto de vida de Lurdes Silva, uma homenagem a Portugal e aos portugueses, mas também a Angola, que a recebeu de braços abertos.

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Em funcionamento desde o passado Sábado, o República surgiu de uma “sequência de acontecimentos”, explicou Lurdes ao VerAngola. “Vim para Angola em 1991 com o meu marido. Quando ele faleceu, quis ficar aqui, então eu achei que deveria ficar também”. A paixão pela área da restauração esteve sempre presente durante toda a caminhada de Lurdes, mas nunca se concretizou até aos dias de hoje. O percurso não foi fácil, mas o República é agora uma porta aberta para o sucesso.

A cozinha é maioritariamente portuguesa e tradicional, mas com “um conceito um pouco diferente”. A cargo de um chef, Lurdes conta que “todos os dias há novidades” e que o restaurante prima por uma carta aberta, paralelamente à obrigatória. Pratos bem conhecidos de portugueses e angolanos, como Bacalhau com Broa, Peito de Pato ou o inconfundível peixe fresco, prometem fazer as delícias de quem chegar ao restaurante. Ao Sábado a noite promete “Sabores da África”, bem acompanhados por música ao vivo.

A jóia da coroa do República chega directamente de Portugal, mais concretamente do Algarve e chama-se cataplana. Pode ser de marisco, por norma o alimento mais típico deste prato, mas também de peixe, de bacalhau ou até mesmo de polvo. E como é que os angolanos reagiram a este novo conceito gastronómico? “Adoraram!”, afirma Lurdes. “No primeiro dia foi uma loucura”, acrescenta. Para regar estas iguarias, não podia falar um bom vinho português: “Temos imensos, e estão sempre a surgir vinhos novos, mas posso destacar o Dona Maria, que é um vinho de excelência”.

Importa também dizer, que todos os alimentos chegam ao restaurante provenientes dos mercados locais, e que muitas vezes é a própria Lurdes que perde o seu tempo à procura dos sabores mais frescos e genuínos. “A qualidade e frescura dos alimentos é uma das condições mais importantes no República”, atira, dizendo ainda que todos os seus produtos são adquiridos em Angola. Como era de esperar, o República foi classificado como um Restaurante de Primeira Classe pelo Ministério da Hotelaria e Turismo e promete ser uma mais-valia na dinamização da tradicional Vila Alice.

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