Citada pela Angop, Maria Lina Antunes, directora-geral do hospital, informou que desde Junho do ano passado que os fornecedores estão à espera de pagamento.
"Tivemos um acontecimento não esperado, que é o atraso no pagamento das ordens de saque emitidas desde Junho, o maior constrangimento de sempre, porque temos muitas dívidas por pagar, pois embora as tenhamos emitido, elas não foram pagas e os fornecedores consideram dívida", afirmou a directora, que não revelou o valor da dívida.
De acordo com a responsável, estão a atravessar uma "crise", dado que a maior parte dos fornecedores "não quer manter os contratos de entrega, principalmente medicamentos, reagentes, consumíveis, sem pagamento".
"Estamos numa crise neste momento", reforçou Maria Lina Antunes, que indicou a hemodiálise como o serviço que mais preocupa actualmente.
"Já estamos com algumas roturas que nunca tivemos até agora (...) e chamo a atenção em particular para a hemodiálise. O centro de hemodiálise é um centro de custos altos, custa muito por mês", apontou, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
Com mais de 500 camas, a referida unidade hospitalar conta com um orçamento mensal de 250 milhões de kwanzas. No entanto, segundo a Angop, tem a necessidade de dobrar esse valor para enfrentar os impactos da inflação nos preços dos medicamentos, manutenção, equipamentos e gastos com a equipa.