De acordo com o secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Francisco Jacinto, a alteração da data das assembleias provinciais convocadas para a declaração da greve, inicialmente agendadas para 15 de Fevereiro, foi decidida em reunião recente das centrais sindicais.
Luanda, capital angolana, deve realizar a sua assembleia a 9 de Março, com o anúncio da greve geral agendado para 14 do mesmo mês e um dia depois (15 de Março) deve entrar em vigor a paralisação geral dos trabalhadores angolanos.
Centrais sindicais anunciaram, a 26 de Janeiro, uma greve geral na função pública para Março, considerando que o Governo "fez ouvidos de mercador" e "menosprezou" a proposta de aumento salarial na ordem dos 250 por cento.
O secretário-geral da CGSILA, que falava em conferência de imprensa, na ocasião, disse que a decisão surge por falta de consensos com o executivo, referindo que o caderno reivindicativo remetido ao Presidente, João Lourenço, a 5 de Setembro de 2023, "foi ignorado pelas autoridades".
A greve geral na função pública é uma decisão da CGSILA, da União Nacional dos Trabalhadores de Angola – Confederação Sindical (UNTA-CS) e da Força Sindical.
A CGSILA, UNTA-CS e a Força Sindical remeteram, a 5 Setembro de 2023, um memorando ao Presidente, João Lourenço, onde exigem um salário mínimo nacional de 250 mil kwanzas, admitindo paralisação geral em caso de resposta insatisfatória.
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, que coordena as negociações com os sindicatos, disse, em Dezembro, no final de uma ronda negocial, que a proposta salarial dos sindicatos era "irrealista e completamente fora do comum".
O Governo está a preparar uma contraposta para submeter à apreciação das centrais sindicais, disse esta Quinta-feira uma fonte sindical à Lusa.