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Complexo Industrial Carrinho está a “fazer perceber que em Angola também se consegue produzir”

O Complexo Industrial Carrinho está a “conseguir fazer perceber que em Angola também se consegue produzir” o que se vê noutros países. A consideração é de Décio Catarro, director executivo do complexo, que avançou que a importação de matéria-prima tem condicionado a capacidade de produção do complexo, que no ano passado, ficou nos cerca de 25 por cento da capacidade instalada, que ronda os 1,5 milhões de produtos variados anualmente.

: Facebook Governo Provincial de Benguel
Facebook Governo Provincial de Benguel  

Assim, para este ano, segundo o responsável, perspectiva-se chegar a um patamar superior a 40 por cento da capacidade de produzir farinhas de trigo, milho, óleo alimentar, margarinas, etc.

Citado pela Angop, Décio Catarro assegurou que 20 por cento da matéria-prima a ser usada vai ser proveniente da produção do país, acrescentando que estão a "conseguir fazer perceber" que no país também é possível produzir o que existe noutros.

"Estamos a conseguir fazer perceber que em Angola também se consegue produzir o que vemos nos outros países", indicou.

Esclareceu igualmente que o projectar das unidades fabris a sete anos se sustentou no potencial agrícola de Angola e acrescentou que, no ano passado, o milho foi o "grande desequilibrador", apesar de terem produzido "também a soja, feijão e arroz".

Sobre a construção da unidade fabril para extrair óleo, o responsável explicou que esta utilizará sobretudo grãos de soja e de girassol, a serem usados na refinaria que já funciona, escreve a Angop.

Em 2023, adiantou, trabalharam "com pouco mais de 50 mil famílias no campo, nas províncias de Malanje, Benguela, Huíla, Huambo, Bié e Cuanza Sul", e, neste momento, estão "com cerca de 150 mil, aumentando significativamente a quantidade de matérias-primas para a fábrica".

Relativamente às queixas dos camponeses sobre os preços, Décio Catarro referiu que "em todo o mundo eles são o reflexo do binómio oferta e procura", tendo acrescentado que "enquanto não houver uma produção agrícola suficiente para estabilizar o mercado, vai sempre haver alguma flutuação".

O responsável falou também acerca da meta de se chegar à auto-suficiência alimentar em 2030. Nesta matéria, recordou que se tem vivido momentos difíceis internamente no que diz respeito a financiamento para investimentos, acrescentando: "Procuramos entidades financeiras internacionais, aquelas que apostam também em Angola e em África, como um país e continente de futuro".

Segundo o responsável, citado pela Angop, o complexo emprega actualmente 1850 funcionários, que operam 24 horas diárias, ao longo do mês, embora as linhas ainda não se encontrem ocupadas na totalidade.

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