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Legalidade dos cabo-verdianos em Angola deve estar resolvida em Junho

O embaixador de Cabo Verde em Angola disse esta Terça-feira que a problemática da legalidade dos cabo-verdianos em Angola, sobretudo com documentos expirados e por renovar, deve estar ultrapassada em Junho próximo, “com custos aceitáveis, como garantiram as autoridades angolanas”.

: Embaixador de Cabo Verde em Angola com a vice-Presidente do MPLA
Embaixador de Cabo Verde em Angola com a vice-Presidente do MPLA  

"Aquilo que nos relaciona com Angola é o SME (Serviço de Migração e Estrangeiros), são os documentos necessários para que o cabo-verdiano, enquanto cidadão estrangeiro, possa circular e fazer a sua utilidade de cidadão normal, está a decorrer a um nível muito bom", respondeu esta Terça-feira Jorge Figueiredo, em final de mandato em Angola.

"Temos sido recebidos (pelas autoridades angolanas) com muita dignidade e respeito e a ideia é de que num prazo muito curto todos os cabo-verdianos estejam efectivamente legalizados, (bem) como a renovação dos cartões seja feita com a rapidez e também com custos aceitáveis para os bolsos de cada um dos cabo-verdianos", explicou.

Falando aos jornalistas, em Luanda, no final da audiência com a vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião, o diplomata do país insular apontou o mês de Junho próximo como prazo para o "fim das inquietações" dos seus concidadãos.

"Penso que este ano já deve acontecer, já tínhamos discutido, tivemos o prazer de ser recebidos pelo ministro do Interior [...] está a correr muito bem e penso que até Junho nós teremos isso bem fechado", assegurou.

Mais de 100 mil cabo-verdianos residem em Angola e a comunidade, frisou Jorge Figueiredo, vai já na terceira geração, com filhos, netos e bisnetos: "Quer dizer que a relação entre Angola e Cabo Verde é muito profunda", assinalou.

Sobre a solicitação e/ou requisição da nacionalidade de cabo-verdianos residentes, há anos em Angola, o diploma explicou que o processo, no seu país, decorre a custo zero, fruto de uma "grande transformação a nível do consulado local".

"Hoje em dia, o filho neto ou bisneto de cabo-verdiano em Angola pode aceder à sua documentação cabo-verdiana sem qualquer problema e a custo zero. Neste momento, todos os que quiserem ter a nacionalidade cabo-verdiana e o solicitarem sejam familiares até o nível de bisneto, têm tudo e de forma gratuita", garantiu.

Jorge Figueiredo, cujo mandato de seis anos termina a 13 de Março próximo, abordou esta Terça-feira com Luísa Damião as relações bilaterais entre o seu país e Angola, considerando que as mesmas ascenderam o nível de "cooperação estratégica".

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